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CULTURA

Um Sertão com mais veredas

Editora Nova Fronteira lança box com obras de Guimarães Rosa, a edição de luxo ainda é composta por material inédito.

Publicado em 22/12/2011 às 6:30


Os caminhos do Sertão mineiro foram calçados pela linguagem 'reinventada' com as inovações formais de João Guimarães Rosa (1908-1967) sendo usadas como argamassa, principalmente pelas páginas da pedra angular que foi Grande Sertão: Veredas (1956), a obra máxima do autor que está ganhando mais uma nova e luxuosa edição especial, com material inédito.

Com tiragem limitada e numerada de 10 mil exemplares, o box Os Caminhos do Sertão (Nova Fronteira, R$ 89,90) consiste na reunião de três livros do mineiro: o fac-símile A Boiada, um livro de depoimentos e Grande Sertão: Veredas, a obra-prima da língua portuguesa.

A caixa ainda conta com uma série de ilustrações que o arquiteto Paulo Mendes da Rocha produziu exclusivamente para o projeto.

A capa do romance reproduz a primeira página datilografada da obra, onde Guimarães define sua primeira proposição de título, rabiscado de próprio punho “Veredas Mortas”.

Também estão presentes na edição textos explicitando o trabalho fonético e como se estabelece o Acordo Ortográfico na escrita 'rosiana', além de algumas capas nacionais e internacionais da obra.

'MAKING OF'
Até então restrito aos arquivos do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), A Boiada é o registro datilografado da segunda viagem que Guimarães Rosa fez pelo interior mineiro, acompanhando a condução de uma boiada, em maio de 1952. Essa travessia, mais outra viagem que o escritor fez para rever as paisagens de infância, sete anos antes, foram as matérias-primas para Guimarães redigir sua 'autobiografia irracional', segundo o próprio certa vez definiu.

Entre boiadeiros e sertanejos, o autor foi cartogravando e aprendendo os costumes culturais da região. Tudo foi documentado em duas cardenetas batizadas de A Boiada 1 e A Boiada 2, detalhando as paisagens, desafios, quadras, lundus, cantigas, histórias e comentários a respeito do cotidiano dos homens da comitiva de Manoel Nardy, vaqueiro que inspirou um personagem na obra. As anotações – fragmentadas e rabiscadas em canetas de diferentes cores – foram também aproveitadas na elaboração das novelas que tornariam Corpo de Baile, publicada no mesmo ano que Grande Sertão.

A Boiada ainda conta com a contribuição de Sandra Vasconcelos, professora de literatura brasileira do IEB-USP e de Mônica Meyer, professora e bióloga da UFMG.

Completando o Caminhos do Sertão, um livro de depoimentos O Mundo do Guimarães Rosa, onde traz testemunhos inéditos de nomes como o pesquisador Antonio Cândido e o poeta Haroldo de Campos sobre o romance.

Imagem

Jornal da Paraíba

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