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CULTURA

Um Vingador em João Pessoa

Renato Guedes, autografa seu livro-portfólio e pôster exclusivo do JORNAL DA PARAÍBA, no hall do MAG Shopping nesta sexta-feira (27).

Publicado em 27/04/2012 às 6:30


Na esteira do lançamento do filme Os Vingadores, nesta sexta-feira, no hall do MAG Shopping, em João Pessoa, às 19h, o quadrinista Renato Guedes, artista paulista que empresta seu traço para o título Secret Avengers (Vingadores Secretos, no Brasil), autografa seu livro-portfólio e o pôster exclusivo encartado nesta edição do JORNAL DA PARAÍBA (junto com outro produzido pelo paraibano Mike Deodato).

Além da presença de Guedes, o público poderá conferir a exposição gratuita Os Maiores Heróis da Terra, que permanece no shopping até domingo. Amanhã, às 14h, o quadrinista promoverá a palestra 'Ética e Estética nos Quadrinhos', no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em Tambauzinho.

Exclusivo da Marvel Comics, Renato assumiu a revista Secret Avengers dentro da grande saga envolvendo o universo de super-heróis da famosa 'Casa de Ideias': Avengers vs. X-Men. "É uma história dos Vingadores contra a Fênix, com uma possível volta do Capitão Marvel", revela empolgado com a HQ com certo sabor oitentista das aventuras passadas no espaço sideral.

PARA O ALTO E AVANTE!
Um dos maiores ícones dos quadrinhos super-heróicos é o Super-Homem, o primeiro do gênero criado na década de 1930.

O personagem junto com um certo Homem Morcego são as 'meninas dos olhos' da editora DC, rival da Marvel.

Assim como Mike Deodato e o sul-mato-grossense Marcelo de Campos, que encabeçaram uma 'invasão' brasileira de desenhistas na década de 1990, a arte de Renato Guedes 'migrou' para os EUA moldando o corpo de séries de TV que viravam quadrinhos até chegar em Smalville, adaptação do seriado sobre o passado do Homem de Aço.

Sua produção para as livrarias especializadas da Terra do Tio Sam se deu na década passada, época na qual as editoras não exigiam que os desenhistas 'imitassem' os artistas do momento, como aconteceu com os brasileiros que abriram caminho para a Marvel e DC. "Eles foram as cobaias da indústria", conta Renato.

"Eu entrei em uma fase mais tranquila, não precisando copiar de ninguém."

Segundo o quadrinista, com seu trabalho em Smalville, a editora se interessou para ele desenhar histórias curtas do herói até chegar a estampar seu nome como principal artista do título Superman. "Não foi fácil para um desenhista desconhecido se encaixar dentro do mercado", relembra.

Em uma indústria quadrinística que atualmente está mais aberta para os estilos artísticos, Guedes acha desarrazoado escolher um desenhista como o melhor no ramo. "É difícil te dizer quem é 'o cara'. Com essa diversidade muito grande, tão variado e diferente, fica injusto", sentencia.

Engana-se quem pensar que Renato Guedes tem uma 'viseira de burro' e habita apenas o mundo dos super-heróis. Fã de obras europeias como Asterix, TinTim e os trabalhos de Moebius (1938-2012), um dos projetos futuros do quadrinista é enveredar pelo mercado francês com uma história de realidade alternativa, assinada pelo roteirista Jean-David Morvan, famoso na Terra de Napoleão, cuja obra conhecida por aqui é Wolverine: Saudade (Panini), aventura com o mutante de férias no Brasil, especificamente em Fortaleza.

Entre as adaptações para o cinema, Renato não se encontra tão arrebatado para Os Vingadores, apesar do Homem de Ferro "acertar o ponto."

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Jornal da Paraíba

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