CULTURA
Uma história detetivesca
No melhor estilo Agatha Cristhie, 'romance detetivesco' Columbus Circle do diretor George Gallo, cativa pelo mistério.
Publicado em 04/10/2012 às 6:00
Um roteiro que exala aquele mofinho dos romances detetivescos de banca: Columbus Circle (Universal, R$ 24,90), suspense do diretor George Gallo (Os Bad Boys/Spot - Um Cão da Pesada), cativa o espectador por um mistério que, no melhor estilo Agatha Cristhie, encerra seus personagens em um ambiente fechado: o condomínio luxuoso que dá título ao filme.
O mistério é a morte de uma idosa que vivia sozinha em um dos apartamentos. Na investigação do crime, o detetive Frank Giardello (o subexplorado Giovanni Ribisi, de Ted) depara-se com a vizinha da frente da finada: a jovem Abigail (Selma Blair, de Hellboy), uma milionária que sofre de agorafobia e não vê o mundo além de sua janela desde a infância.
Abigail só abre suas portas para um velho amigo, o dr. Raymond Fontaine (Beau Bridges, de Os Descendentes), uma espécie de faz-tudo que cuida de seus assuntos particulares.
A tensão em torno do estopim da trama aumenta quando um estranho casal muda-se para o apartamento vazio e Abigail passa a acompanhar, de seu reduto, a rotina violenta dos dois.
Paralelamente a estes eventos iniciais, vamos descobrindo o passado da protagonista, que fugiu de casa com a ajuda de Fontaine depois de ser abusada sexualmente pelo pai (daí o trauma que a levou a isolar-se).
Quando todas as pontas soltas da história se ligam, vem a reviravolta que resulta em um longa com ritmo regular, que não cai nas armadilhas do gênero, envolvendo o espectador sem apelar para rompantes de ação.
Uma prova de que um enredo bem construído, com um diretor comprometido em apresentá-las com cenas precisas, sem malabarismos, ainda é capaz de compensar um elenco mediano e reduzido.
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