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CULTURA

Uma Pepita e várias paixões em coletânea de versos

'Cores da Paixão' é o ivro da escritora Mercedes Cavalcante que será lançado nesta quinta (01) na Academia Paraibana de Letras.

Publicado em 01/12/2011 às 6:30


A árvore genealógica de Mercedes Cavalcanti teve suas raízes na região europeia da Galícia, onde nasceram seus avós que imigraram para a Argentina e viram o primeiro tronco da história brotar em ramos que podiam muito bem servir de páginas para um romance do colombiano Gabriel García Márquez.

Sua mãe, argentina, conheceu seu pai, brasileiro, em um navio. O flerte começou a bordo, depois viajou por cartas e mais cartas até se converterem em passagens dele ao Chile, onde a família então residia; e dela a João Pessoa, onde ele firmara residência.

Mercedes Cavalcanti nasceu com os cabelos loiros e os olhos claros que lembravam o de seu tio José: ou Pepe, apelido dado para qualquer um que assim se chame em países onde a língua espanhola é falada.

Daí a sua própria alcunha: 'Pepita', como é conhecida entre seus colegas da Academia Paraibana de Letras (APL), em João Pessoa, onde lança hoje, às 18h30, seu primeiro livro de poemas: Cores da Paixão (Ideia, 110 páginas, R$ 30).

A coletânea de versos é dedicada à memória de Ascendino Leite (1906-2010), que a autora cita como seu "pai adotivo de coração" (já que o biológico, a quem também dedica o livro, a escritora perdeu quando tinha apenas 14 anos).

"Ascendino de fato me acolheu como filha quando voltou do Rio de Janeiro, onde morou por muito tempo", confirma Pepita.

"Fomos apresentados pelo pintor Hermano José e, a partir daí, começamos a compartilhar livros, leituras. Ele que era jornalista e romancista começou a publicar poemas e me perguntar por que eu também não começaria a publicar os meus", lembra.

Ascendino sabia que a amiga também era artista plástica e, em exposição, já havia traduzido alguns de seus quadros em versos.

"Ele não só foi meu grande incentivador como também previu meu ingresso na Academia Paraibana de Letras. Repetia constantemente que, quando estivesse vivo ou morto, não importava, iria me ver ocupando uma das cadeiras", afirma a escritora.

Curiosamente, a hoje acadêmica tomou posse na APL em janeiro deste ano, justo na cadeira ocupada em vida pelo padrinho Ascendino Leite.

Mas não é só seu predecessor na Academia que é homenageado em Cores da Paixão. Rinaldo de Fernandes (que assina um dos prefácios do livro) também é lembrado em um dos 67 poemas publicados no volume.

No mais visual deles, que dá nome à obra, Pepita dialoga com as artes gráficas, emoldurando dois corpos, um feminino e um masculino (aquele de costas para este) com palavras que vão ganhando conotações sexuais à medida que o olhar pousa nas zonas mais erógenas.

Pepita já tem uma carreira firmada na prosa: suas duas últimas narrativas foram publicadas entre 2005 e 2007, segundo ela "um ano bastante produtivo". São desta fase A Volúpia dos Anjos, que tem edições pela Ideia e pela Girafa, e A Volúpia dos Anjos (Girafa).

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Jornal da Paraíba

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