CULTURA
Uma releitura às avessas
Julia Roberts é uma das estrelas de 'Espelho, Espelho Meu', nova versão de Branca de Neve.
Publicado em 06/04/2012 às 7:00
O que aconteceria se a protagonista de Uma Linda Mulher, mais de 20 anos após esse sucesso, se preocupasse com a sua beleza tendo como inimigo o tempo?
Foi com essa indagação que o diretor indiano Tarsem Singh (A Cela, Os Imortais) deixou de lado o clássico desenho da Disney de 1937 e colocou em primeiro plano a antagonista, vivida por Julia Roberts em Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror, EUA, 2012).
Essa inversão de valores do filme, que estreia nesta sexta-feira em João Pessoa e Campina Grande, abandona as ideias (conservadoras hoje em dia) idealizadas oralmente na Alemanha e reforçadas na versão dos Irmãos Grimm no século 19, com o nome Branca de Neve e os Sete Anões.
O Príncipe Encantado não é o 'salvador da pátria' e a Branca de Neve não é tão desamparada quanto parece. Na nova versão, após a morte do rei (Sean Bean), sua esposa (Julia Roberts) assume o comando do reino, mantendo presa em seu quarto a enteada, Branca de Neve (Lily Collins). Muito vaidosa, a 'rainha má' passa a cobrar cada vez mais impostos para sustentar uma vida de opulência.
Ao completar 18 anos, a princesa resolve fugir do castelo e conhecer a realidade do reino. Horrorizada com a situação de miséria do povo, ela decide derrubar a madrasta com ajuda dos anões.
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