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CULTURA

Útero foca no feminino

Exposição 'Útero', que está em cartaz no Museu de Artes Assis Chateaubriand, aborda o protagonismo da mulher no novo milênio.

Publicado em 12/12/2012 às 6:00


Uma exposição coletiva que homenageia e mostra o protagonismo da mulher no novo milênio está em cartaz em Campina Grande. Essa é a proposta de 'Útero', inaugurada na última quinta-feira no Museu de Artes Assis Chateaubriand (MAAC), no Catolé. Nove artistas plásticas paraibanas que moram em Campina participam da mostra. A exposição vai até 5 de fevereiro.

É possível conferir pinturas de Aída Martins, Ana Wanderley, Carmen Sheila, Elisabete Serrano, Helena Almeida, Inês Claudino, Lili Brasileiro, Socorro Moraes e Vera Barreto. As obras trazem a reflexão sobre o arquétipo do feminino na espécie humana.

"Nós homenageamos este universo através da mulher que é mãe, que trabalha, que é guerreira, que é moderna ou mesmo a que ainda vive no século passado", destaca Carmen Sheila.

O fato de todas as participantes serem mulheres foi decidido pelo diretor do MAAC, Ângelo Rafael. O diretor fez uma pesquisa na produção das artistas da cidade e após esta fase fez uma triagem das mulheres e das obras participantes. A partir das pessoas escolhidas, Ângelo deixou a critério das artistas como abordar a temática. Curiosamente, todo o processo de produção de 'Útero' durou nove meses.

Algumas artistas utilizaram obras do seu acervo e outras fizeram criações para a exposição. É o caso de Carmen Sheila, que produziu quatro telas inéditas e uma instalação.

Ela explica que o momento é um "divisor de águas" na carreira, a partir do amadurecimento e da mudança de estilos nesta produção.

“Coloquei o foco na mulher moderna, enfatizando elementos como a maquiagem e a bolsa, que é uma extensão da casa da mulher”, afirma.

Helena Almeida decidiu produzir as obras ao estilo da tradição acadêmica. Já no trabalho de Ana Wanderley é possível perceber obras abstratas.

Já Inês Claudino traz a mulher mística. Elisabete Serrano enfatizou a vitalidade da mulher nordestina. “É uma mulher que traz uma fortaleza dentro de si”, afirmou Serrano. Ela utilizou seis obras anteriores, como Mulher Guerreira, de 2007, que é dividida em duas telas; Mãe, tela de 70 x 50; e Realidade, que traz uma mulher carregando uma lata de água na cabeça.

“Nesta exposição vemos a força das mulheres na época atual, que promove mudanças no mundo, como visto recentemente em um encontro mundial delas. A mulher não é mais aquela do século XVIII, uma Amélia submissa ao marido. Isso está mudando e é uma conquista que estamos conseguindo”, afirmou Carmen.

Imagem

Jornal da Paraíba

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