CULTURA
Vitória moral para o 'indie': Sam Smith venceu em quatro categorias
Sam Smith levou quatro prêmios no Grammy 2015, mas Beck surpreende ao conquistar 'Álbum do Ano' e vencer figurões.
Publicado em 10/02/2015 às 9:00 | Atualizado em 22/02/2024 às 17:55
Aos 22 anos de idade, Sam Smith já tem quatro prêmios Grammy para chamar de seu. Com seu álbum de estreia, In The Lonely Hour, o cantor inglês venceu em três, das quatro categorias mais cobiçadas do Grammy, cuja premiação, em sua 57ª edição, foi realizada na noite do último domingo, em Los Angeles (EUA).
Sam levou ‘Gravação do Ano’ e ‘Música do Ano’ (ambas com a balada ‘Stay with me’), ‘Artista Revelação’ e ‘Álbum Pop Vocal’ (In The Lonely Hour). Para coroar, só faltou ‘Melhor Álbum’, que foi para um azarão: Morning Phase, do cantor norte-americano Beck, que também ficou com ‘Melhor Álbum de Rock’ (vencendo U2, Tom Petty, Black Keys e Ryan Adams).
A escolha de um álbum de vendas modestas, mas aclamado pela crítica, em detrimento de outros best sellers como o próprio disco de Sam Smith, o homônimo Beyoncé, X, de Ed Sheeran (fenômeno de streaming) ou o incensado Girl, de Pharrell Williams (que acabou levando 'Performance Solo Pop', apresentada na festa com pompa erudita) surpreendeu para uma premiação criada para celebrar a indústria do disco, mais preocupada com prestígio que conteúdo em suas principais categorias - e nisso, o Oscar é bem diferente.
A vitória de Beck e seu disco acústico de arranjos delicados é a vitória da música indie, da arte, e não das vendagens, como faz crer a filosofia da premiação mais famosa da música, confirmada pelo naipe de figurões que abrilhantaram a noite do 57º Grammy.
AC/DC, Madonna, Annie Lennox, Katy Perry, os encontros de Tony Bennett e Lady Gaga (que acabaram ficando com ‘Melhor Álbum Pop Vocal Tradicional’, por Cheek to Cheek) e Jessie J com Tom Jones, além da trinca Kanye West, Rihanna e Paul McCartney (que assim como o clipe de ‘FourFiveSeconds’, entrou mudo e saiu calado) pontuaram a premiação.
A cantora Sia se destacou a colocar duas bailarinas em uma detalhada cenografia para apresentar ‘Chandelier’ (que concorria em três categorias).
Jack White e St. Vincent (que vêm ao Brasil para o Lollapalooza) também saíram consagrados. Lazaretto levou ‘Melhor Performance de Rock’, enquanto o homônimo St. Vincent ficou com ‘Melhor Álbum de Música Alternativa'.
O cover do Tenacious D (do ator Jack Black) para a 'The last In Line' (de Dio) tirou do Anthrax, Mastodon, Motörhead e Slipknot, o prêmio de performance de metal.
CONFIRA A RELAÇÃO DOS PRINCIPAIS VENCEDORES
Álbum do Ano: Morning Phase, Beck
Gravação do Ano: Stay With Me, Sam Smith
Canção do ano: Stay With Me, Sam Smith
Artista revelação: Sam Smith
Performance solo pop: Happy, Pharrell Williams
Performance de pop por duo ou grupo: Say Something, Christina Aguilera e A Great Big World
Álbum vocal pop tradicional: Cheek To Cheek, Tony Bennett & Lady Gaga
Álbum vocal pop: In The Lonely Hour, Sam Smith
Canção de rock do ano: Ain't It Fun, Paramore
Álbum de rock: Morning Phase, Beck
Performance de metal: The Last In Line, Tenacious D
Performance de rock: Lazaretto, Jack White
Álbum alternativo: St. Vincent, St. Vincent
Álbum de rap: The Marshall Mathers LP 2, Eminem
Canção de rap: I, Kendrick Lamar
Colaboração de rap: The Monster, Rihanna e Eminem
Performance R&B: Drunk In Love, Beyoncé e Jay Z
Canção de R&B: Drunk In Love, Beyoncé e Jay Z
Álbum urbano contemporâneo: Girl, Pharrell Williams
Álbum de R&B: Love, Marriage & Divorce, Toni Braxton & Babyface
Videoclipe: Happy, Pharrell Williams
Álbum country: Platinum, Miranda Lambert
Trilha sonora: Frozen Original Soundtrack
Canção original para mídia visual: Let It Go, do filme Frozen
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