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CULTURA

'Xingu' conta a história dos irmãos Villas-Bôas

Dirigido por Cao Hamburger (O Ano em que Meus País Saíram de Férias), Xingu conta a saga real dos irmãos Villas-Bôas.

Publicado em 06/04/2012 às 7:00


“A história dos irmãos Villas-Bôas é a história de heróis brasileiros que conseguiram enxergar a construção de um país além deste tipo de vantagens imediatas”, atesta o produtor Fernando Meirelles sobre a produção nacional Xingu, que entra em cartaz nos cinemas de João Pessoa a partir desta sexta-feira.

“O filme chega num momento em que se questiona os megaprojetos para o desenvolvimento da Amazônia e as desastrosas mudanças do Código Florestal. Xingu fala sobre esses mesmos erros cometidos há 50 anos”, alerta o diretor de Cidade de Deus.

Dirigido por Cao Hamburger (O Ano em que Meus País Saíram de Férias), Xingu conta a saga real dos irmãos Villas-Bôas – Orlando (Felipe Camargo), Cláudio (João Miguel) e Leonardo (Caio Blat) –, desbravadores que criaram o Parque Nacional do Xingu, a primeira reserva indígena amazônica de grandes proporções no Brasil.

Filmes que abordam a temática, como Iracema, Uma Transamazônica (1976) e Serras da Desordem (2006), estavam 'martelando' na cabeça de Cao Hamburger durante as filmagens do longa-metragem. “Não como referência estética, mas sim pelo respeito aos povos indígenas e a consciência da dificuldade de encarar o tema.”

Assim como uma comunidade judaica verdadeira, vista em O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, o diretor preparou índios não-atores para participar de Xingu. “Levamos com muita seriedade desde a pesquisa para levantar os possíveis atores até a escolha de cada personagem, por menor que fosse”, conta Hamburger.

“Se conseguirmos fazer com que o público entenda que alguns diálogos e personagens do filme são espelho de pessoas e pensamentos ainda presentes no Brasil, conseguiremos mobilizar o público, pois a outra parte – ação e drama – tem de sobra”, garante Meirelles.

INDIANA JONES
Xingu narra os principais acontecimentos da expedição que os irmãos Villas-Bôas conduziram a partir de 1944. Dois anos depois eles fizeram o primeiro contato direto com a tribo Kapalo. Em 1952, apresentaram o projeto de criação do parque, que só viria a se concretizar anos depois.

“Como vou entender o espaço dos índios, mas ao mesmo tempo viver com algo da cultura branca que não vai morrer jamais?”, João Miguel aponta o conflito do seu personagem no filme. “É uma contradição nossa: não existe ideia puritana do que deveria ser o ideal sobre índios brasileiros, mas o objetivo é colocar na roda uma discussão necessária.”

“Os irmãos Villas-Bôas viveram no Xingu por mais de 30 anos e o brasileiro em geral tem uma ideia vaga da importância disso”, pensa o ator Felipe Camargo. “O que aconteceu lá daria uns 20 filmes.”

Já para o outro Villas-Bôas, Caio Blat, a trajetória não era tão desconhecida assim. “Logo que os Villas-Bôas formaram o parque e estabeleceram a parceria com o médico sanitarista Noel Nutels, este criou um convênio com faculdade de medicina”, lembra. “Os alunos iam para o Xingu passar temporadas.

Dentista, meu padrinho foi umas oito vezes para lá. Isso povoou minha infância.”

Para Blat, a aventura lhe deu uma chance de realizar sonho de criança. “Meu grande ídolo era um antropólogo: Indiana Jones”.

O longa, que teve sua avant-première no Amazonas Film Festival, em novembro, foi exibido também no Festival de Berlim, em fevereiro.

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Jornal da Paraíba

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