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CULTURA

Zezé Polessa encena "Não Sou Feliz, Mas Tenho Marido" neste sábado

Carisma o humor dão o tom da segunda apresentação da peça ‘Não Sou Feliz, mas Tenho Marido’, neste sábado (15), no Teatro paulo Pontes.

Publicado em 15/11/2008 às 13:03

Astier Basílio, do Jornal da Paraíba

O carisma e o humor que são a marca registrada de Zezé Polessa na televisão, certamente, darão o tom da segunda apresentação da peça ‘Não Sou Feliz, mas Tenho Marido’, neste sábado (15), no Teatro Paulo Pontes. O sucesso não reflete uma identificação da atriz com o papel, uma mulher que viveu à sombra do marido. “Minha história é diferente da personagem”, contou, em entrevista ao Jornal da Paraíba.

Zezé casou-se a primeira vez com o ator Daniel Dantas, com quem teve o filho João, hoje com 26 anos. O casamento durou sete anos. A atriz casou-se novamente, desta vez com o ator Paulo José e também durou sete anos. Ao contrário da personagem, Zezé Polessa jamais diria: “Se você me perguntasse há dez anos, quando já não restava mais romantismo em nenhum dos meus dias, e que dirá nas minhas noites, se eu era feliz, eu teria dito que não. E continuei casada”.

Quando Zezé decidiu montar a peça – de início ela não imaginava que o resultado final seria um monólogo – estava com muita vontade de falar sobre este assunto: o casamento. Mas não só isso, e sim dos dilemas de uma mulher de sua geração que já não vinha com aquela opressão meio que referendada pela sociedade. “Eu queria falar da mulher e esse texto caiu bem. Deu para unir duas coisas que eu queria, o humor e a reflexão. Refletir junto com o riso é um canal muito interessante”, afirmou.

A personagem principal, Viviana, tem o mesmo nome da autora do livro. Viviana Gómez Thorpe escreve há mais de 30 anos para jornais, revistas, além de trabalhar em rádio, mas sempre se dedicava à família. Depois de 27 anos de casada, se separou e transformou sua experiência em um livro de crônicas que se tornou best-seller na Argentina. O sucesso foi tanto que o livro se transformou em uma peça de sucesso.

Se Zezé não seguiu o mesmo caminho, a situação é ainda muito comum. “Eu ouvi duas amigas conversando e uma falou que estava completando 30 anos de casada. A colega disse: ‘Nossa, pra fazer 30 anos de casada tem que ter muito jogo de cintura’. E a primeira respondeu: ‘Eu faço tanto jogo de cintura que tem horas que eu me sinto invertebrada!’”, contou, rindo muito.

Zezé fala que esta é uma “turnê de guerreira”. “Não temos patrocínio, com poucos apoios; é um monólogo, mas são oito pessoas que viajam e nós pagamos as passagens dessas oito pessoas. Contamos com os apoios locais”, revelou.
Projeto para o futuro? Zezé diz que pensa em levar a peça para a televisão, num formato de seriado. “Já estou em reunião com alguns roteiristas, penso em uma produção independente”, conta. Por enquanto, voltará em temporada no Rio e em São Paulo. Zezé ainda tem gás com a peça. “Sempre estou mexendo”, conta.

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Jornal da Paraíba

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