ECONOMIA
55% da Geração Z já sustenta os próprios gastos mensais sem depender de outras pessoas
Mais da metade dos jovens entre 18 a 29 anos dizem estar guardando recursos para comprar casa própria.
Publicado em 12/04/2025 às 18:16

Mais da metade dos jovens da Geração Z afirma ser o principal responsável pelos próprios gastos mensais. O dado faz parte de uma pesquisa feita pela Serasa, com mais de 2,9 mil brasileiros de 18 a 29 anos, para marcar o Dia do Jovem, lembrado neste domingo (13).
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O levantamento mostra que, além dos 55% que assumem sozinhos as finanças, 39% também contribuem ou dividem as despesas da casa.
Salário é principal fonte de renda, mas educação financeira é limitada
Segundo o levantamento, o salário fixo é a principal fonte de renda para 50% dos entrevistados, enquanto 22% têm o apoio dos pais.
Apesar disso, apenas 10% afirmam ter tido um “contato significativo” com educação financeira dentro de casa.
Para Gabriela Siqueira, especialista em educação financeira da Serasa, esse ainda é um ponto de atenção.
“Temos percebido que o tema da educação financeira vem assumindo mais relevância no país, mas talvez em casa a pauta ainda não é forte o suficiente. Esse é um desafio para os pais, para os jovens e para as próprias instituições”, explicou.
Prioridades vão da casa própria ao aprendizado no trabalho
Os dados também apontam para uma postura mais planejada com relação ao uso do dinheiro: 51% dos jovens da Geração Z dizem estar guardando recursos para comprar casa, carro ou outros bens.
Por outro lado, 34% afirmam que o dinheiro é usado no pagamento de contas básicas e 33% pretendem investir.
As contas de consumo, como luz, água e internet, lideram a lista de despesas fixas mensais para 69% dos entrevistados. Outras prioridades são alimentação (60%) e aluguel (36%).
No mercado de trabalho, metade dos entrevistados já acumula de 3 a 8 anos de experiência, e 15% trabalham há mais de oito anos. A inserção precoce, no entanto, não coloca a remuneração no topo das prioridades.
Para 58% dos jovens, o que mais importa em uma empresa é a “oportunidade de aprendizado”. Em seguida, vêm equilíbrio entre vida pessoal e profissional (49%), desenvolvimento de carreira (48%) e benefícios (47%). O salário aparece em quinto lugar, com 41%.
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