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ECONOMIA

Agra não admite tarifa de R$ 2,30 para ônibus de JP

Prefeito descarta homologar valor aprovado pelo Conselho de Transporte e Trânsito.

Publicado em 30/12/2011 às 7:49


Os usuários dos transportes coletivos urbanos de João Pessoa vão entrar em 2012 pagando a mesma tarifa vigente em 2011. Apesar do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) da capital ter aprovado um reajuste para R$ 2,30 (alta de 9,5%), o prefeito Luciano Agra (PSB) adiou ontem a decisão do reajuste da tarifa da passagem de ônibus na capital, fixada hoje em R$ 2,10. “Aquele valor que foi estabelecido pelo Conselho tarifário eu não vou aceitar”, assegurou Agra, durante inauguração da Estação Digital do CAPS III Caminhar, no Jardim Cidade Universitária. O prefeito disse que não tem prazo para decidir se homologará ou não o reajuste. “Eu tenho no mínimo uns dez dias”, declarou.

O CMTT se reuniu na última terça-feira e aprovou planilha da Superintendência de Transportes e Trânsito de João Pessoa (STTrans) referente aos custos operacionais do sistema de transporte público de João Pessoa. O indicativo seria reajustar a tarifa em janeiro.

De acordo com o prefeito, anteriormente o reajuste ocorria em junho, mas recentemente a “tradição” relativa ao período do ano para reajustar tarifa sofreu uma alteração passando para janeiro, de modo que ele entende que tem até junho para decidir sobre o assunto. “Mas não vou demorar muito”, revelou. “Não vamos nos precipitar, essa é uma matéria muito delicada e afeta muito as pessoas de menor poder aquisitivo”, ponderou. Para ele, a tensão sobre os reajustes seria menor se houvesse incentivos do poder público para reduzir as tarifas. “Todo ano tem essa tensão nas cidades que é exatamente quando se aumenta a tarifa, quando isso poderia ter sido melhor resolvido ao longo do tempo”, disse Agra.

Por outro lado, o prefeito descartou, ontem, a concessão de gratuidade dos transportes coletivos para usuários dos Centros de Apoio Psicossocial (Caps), que atende pessoas com transtornos mentais e dependentes químicos. “A situação dos transportes está em um nível de saturação que não dá mais para absorver demandas que venham a onerar a tarifa, porque não é justo que o trabalhador financie todas as demandas que existem hoje nos transportes públicos”, justificou. Para ele, a solução seria desonerar a tarifa reduzindo os impostos e os insumos que incidem nos transportes. Só os impostos municipais levam 11,5% da tarifa.

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Jornal da Paraíba

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