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ECONOMIA

Alta da taxa Selic faz poupança voltar a ser atraente

Com  elevação da  Selic, a poupança volta a  ganhar status de investimento que  vale a pena apostar.

Publicado em 14/07/2013 às 11:00


Uma reviravolta. O investimento mais tradicional do país, a poupança, voltará valer mais a pena para os poupadores. Isto porque a elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 8,5% ao ano, anunciada na última quarta-feira pelo Banco Central (BC), acabou beneficiando esta modalidade. Desde o ano passado, o rendimento da nova poupança está atrelado à Selic. A antiga ainda continua mais rentável.

E, por causa da alta na taxa, a remuneração da caderneta subiu de 5,6% para 5,95% ao ano. Com isto, a aplicação conseguirá superar (praticamente se igualar, na verdade) a inflação projetada para 2013 – 5,81%, conforme o último relatório Focus do BC.

De acordo com a consultora de investimentos Talitha Andrade, da Futura Invest, o quadro atual é indicador de que quem investir na poupança conseguirá ao menos preservar o poder de compra do seu dinheiro. “Com qualquer novo aumento que supere os 8,5%, os rendimentos voltam à antiga regra da poupança. Uma vez que houve a alta recente, os investimentos atrelados aos juros, inclusive a poupança, ficaram mais atraentes”, explicou.

Ficam, mas o consultor de investimentos Rodrigo Guedes, da Sir Investimentos, alertou que situação ainda não é de entusiasmo. “A poupança fica mais atrativa do que no ano passado, porém deve continuar perdendo para a inflação.

Hoje, a inflação já supera os 6,5% [IGP-M (inflação do mercado financeiro) acumula variação de 6,78% em seis meses] e, daqui para o final do ano, pode se manter neste patamar e ganhar para a remuneração da caderneta. Nesse caso, investir na poupança não representará ter ganhos reais”, pontuou.

Para ser mais rentável do que a dúvida entre não render nada ou perder rendimentos, Talitha acrescentou que existem outras possibilidades dentro dos investimentos em renda fixa. “Entre os exemplos deve-se analisar o seguinte: o CDB, para equivaler à poupança, tem que pagar mais de 90% do CDI para valer a pena.

Fundos de investimentos DI tem que ter taxas de administração igual ou inferiores a 1% para também serem mais rentáveis. No tesouro direto o investidor deve estar bem atento à taxa de custódia dos títulos e aos prazos, para que assim consiga planejar o seu investimento para obter retornos melhores”, comentou.

De qualquer modo, continuou, em todos os produtos financeiros é sempre importante ficar de olho nas taxas cobradas de administração, de custódia (no caso dos títulos), nos prazos, na liquidez e no imposto de renda que será cobrado. “Assim, com ciência de todas as variáveis que interferem nos investimentos, veremos no que vale financeiramente mais a pena aplicar”, concluiu a consultora.

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Jornal da Paraíba

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