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ECONOMIA

Amarelos são 48,4 mil e aquecem economia da Paraíba

Há 10 anos, população de chineses e japoneses era de apenas 2,4 mil.

Publicado em 15/01/2012 às 8:00


A capital paraibana, localizada no extremo mais oriental das Américas, concentra a maior parte dos amarelos do Estado, como são conhecidas as pessoas de origem asiática. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base do Censo 2010, a capital possui 23,21% da quantidade de orientais residentes no Estado, um número que ultrapassa 11,2 mil habitantes.

O número identificado como orientais cresceu quase 15 vezes na última década em João Pessoa. Em 2000, apenas 752 pessoas de uma população de quase 600 mil se identificaram como amarelos, saindo de 0,13% da população para mais de 1,5%, em 2010, taxa superior à da média do Brasil que se consideram amarelos (1,09% ou 2,1 milhões).

Na última década, levando em consideração os números do Censo do IBGE, a população oriental se multiplicou por 20 vezes no Estado, saindo de pouco mais de 2,439 mil (0,07% da população, em 2000) para mais de 48,4 mil pessoas, que se identificaram de etnia amarela. Em termos comparativos, seria uma população aproximada da cidade portuária de Cabedelo somente de asiáticos que vivem atualmente no Estado, muitos deles em busca de ganhar a vida com os seus descendentes onde o sol nasce primeiro nas Américas.

Esse expressivo crescimento, que levou os orientais e seus descendentes passarem de 0,07% para 1,29% de dez anos na população paraibana, pode ser explicado pelo retorno de pessoas que moravam na Ásia, mas principalmente pela chegada de imigrantes vindos principalmente da China e do Japão e pelo nascimento na Paraíba de seus descendentes.

Esse crescimento tornou a percepção da presença dessas famílias na Paraíba mais evidente. Já não chama atenção ver homens e mulheres de olhinhos puxados nos corredores de shoppings, filas de hospital, e mesmo nas praias.

Mas, não é apenas a presença deles que se tornou comum. Sua cultura, arte, moda e principalmente a culinária foram rapidamente absorvidas e agregadas à tradição nordestina.

Prova disso, é que as comidas, chinesa e japonesa, caíram no gosto dos paraibanos, de modo que a cada ano novas casas especializadas na culinária oriental se expande na capital e nas demais cidades nos últimos anos. No bairro de Manaíra, na capital, há uma das maiores concentrações desse segmento.

Apesar de notório, não é possível precisar o número desses estabelecimentos no Estado, mas de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) os números podem chegar a mais de 30 na capital.

“Não há como ter controle sobre esses estabelecimentos, uma vez que apenas seis são associados à entidade. O que é extremamente importante destacar, é que além do surgimento de novos estabelecimentos especializados na culinária japonesa e chinesa, alguns restaurantes abrem espaço nos seus cardápios para oferecer esse tipo de comida para seus clientes”, contou Marcos Fernando Mozzini, presidente da Abrasel na Paraíba.

Além dos grandes restaurantes de comida oriental, alguns chineses que chegam à Paraíba estão trabalhando no comércio de produtos importados. É o caso de Leng Caiman que saiu da China há 10 anos e hoje administra com a esposa (chinesa) uma loja que vende bolsas, relógios, maquiagens e acessórios importados, no Centro da capital.

“Amigos diziam que o Brasil era um país bom de morar então decidi vir”, contou sem me olhar nos olhos. Apesar de muito tímido, Leng mostra orgulhoso os produtos que comercializa e diz que não pretende ir embora da Paraíba.

“Sinto falta do meu filho, que mandei para morar com meus país, para ser educado como fui, fora isso viver aqui é muito bom”, garante.

Um exemplo de empreendimento especializado em cozinha oriental, seguindo modelo bem sucedido em João Pessoa é o restaurante Chinatown, localizado na avenida João Câncio, no bairro de Manaíra. Criado em 1978, no Recife, o estabelecimento foi o primeiro restaurante com culinária tipicamente chinesa da cidade. Atualmente, a rede de franquia tem lojas nos Estados da Paraíba (João Pessoa e Campina Grande), Rio Grande do Norte, Ceará e no Piauí.

Imagem

Jornal da Paraíba

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