ECONOMIA
Antecipar prestações é indicado para abono
Adiantamento de prestações de veículos ou imóveis financiados com 13º salário é aconselhado por especialistas.
Publicado em 01/12/2012 às 6:00
Para aqueles que estão com prestações em dia ou sem atraso neste final de ano, o pagamento do 13° salário pode gerar muitas tentações. Gastar o abono com presentes de Natal ou até com viagens parece ser muito atraente, mas especialistas de finanças pessoais advertem que é preciso ter cautela no momento de escolher o destino do dinheiro. Seja no mercado financeiro ou em bens, as opções de investimentos são muitas para quem deseja multiplicar o orçamento em 2013.
Para o economista e consultor em finanças pessoais Fernando Chagas, o paraibano deve, primeiramente, avaliar a quantia disponível para investimento. A partir daí é que será possível definir que caminho tomar.
Os trabalhadores que tiverem feito financiamentos de veículos ou imóveis em algum banco também podem utilizar o 13° salário para adiantar o pagamento de prestações futuras. De acordo com a analista do Banco do Brasil (BB), Rosânia Neves, a redução do valor do empréstimo pode ser bastante significativa dependendo do caso. “Se a pessoa resolver antecipar as prestações futuras, deixará de pagar os juros referentes aos meses seguintes, devendo arcar apenas com o saldo devedor até o dia da quitação, ou seja, o capital que o cliente ainda está devendo, o IOF e os juros referentes até a data na qual o pagamento foi adiantado. Dependendo do valor do empréstimo e do número de meses do adiantamento, essa redução pode ser bem considerável para o interessado”, resumiu a analista.
Entretanto, o consultor em finanças pessoais Cláudio Rocha acredita que, para os paraibanos que estão com a renda comprometida em algum financiamento imobiliário ou de automóvel, a dica é sempre priorizar as prestações futuras, independentemente do período no qual o contrato foi firmado ou do tempo que ainda resta para o fim das parcelas. A razão está na taxa de juros aplicada nos financiamentos. “Todo juro de cobrança é superior ao de investimento e é por isso que eu acredito que quem estiver com algum contrato de financiamento e tiver condições financeiras para tal deve antecipar todas ou pelo menos o máximo possível de prestações futuras, já que a empresa tem, por lei, a obrigação de deduzir os juros referentes a essas parcelas. Não há investimento que dê um retorno como esse”, opinou o economista, explicando que os juros de financiamento chegam a 2%, enquanto os da caderneta de poupança não passam de 0,5%.
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