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ECONOMIA

Após fusão, Azul terá 15% do mercado

Negócio ainda precisa ser aprovado pela Anac e pelo Cade , até lá empresas vão continuar operando separadamente.

Publicado em 29/05/2012 às 6:30


A terceira maior companhia aérea do Brasil, a Azul Linhas Aéreas, anunciou fusão com a Trip, líder regional na América no segmento. O nome da nova empresa será Azul Trip SA, e deverá controlar 15% do mercado doméstico de transporte aéreo no país. Na Paraíba, a Azul dispõe de quatro voos diários operando no Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, mas não há alterações previstas para a companhia no Estado, por enquanto, como novas rotas e de novos voos.

No total, a Azul Trip vai possuir 112 aeronaves (62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR) e operar pelo menos 837 voos diários em 316 rotas. Até o fim do ano, a frota deve aumentar para 120 aeronaves, segundo a empresa.

O executivo David Neeleman, da Azul, será o presidente do conselho de administração da nova empresa. "Juntos, formaremos um grupo com possibilidades ainda maiores de continuar prestando serviços de transporte aéreo cada vez mais acessíveis e de alta qualidade", disse Neeleman, em nota.

Para ser concretizado, o negócio ainda precisa ser aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Até lá, as duas empresas, assim como suas divisões de carga, vão continuar operando separadamente.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em março a fatia da Azul nos voos domésticos era de 9,8%, e a da Trip, 4,3%. A participação das líderes TAM e Gol era de 38,2% e 34,4%.

SEM PREJUÍZOS
A fusão da Azul com a Trip não deve gerar concentração no mercado regional a ponto de prejudicar o consumidor. A avaliação é do professor e diretor do Núcleo de Economia dos Transportes, Antitruste e Regulação (Nectar) do ITA, Alessandro Oliveira.

"O mercado regional não tem muita concorrência naturalmente.

São sempre uma ou duas empresas nas cidades de pequeno porte. Mas o modelo de negócios da Azul não é de ficar fazendo reserva de mercado. Eles cresceram criando demanda e abrindo novos mercados", disse Oliveira.

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Jornal da Paraíba

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