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ECONOMIA

Após seis anos, atlas eólico será lançado na Paraíba

Mapa vai mostrar com atraso as potenciais regiões da Paraíba com boa velocidade de ventos que poderão receber parques eólicos .  

Publicado em 27/12/2015 às 8:00

A Paraíba deve ganhar o seu primeiro atlas eólico em janeiro de 2016. A informação foi confirmada com exclusividade pela presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum. Com isso, o Estado deve voltar a atrair investidores no setor e ganhar competitividade que havia perdido. “A Paraíba tem um potencial eólico muito bom, mas faltava o atlas. Com esse lançamento, o Estado deve ter mais competitividade no mercado”, avaliou Elbia.

A executiva contou que foi convidada pela Eletrobras, que financiou o atlas, para participar da festa de lançamento do estudo, que deve acontecer ainda em janeiro, em data a ser definida. O estudo, que começou a ser realizado em 2010, chega com mais de três anos de atraso, já que o prazo de conclusão inicial definido pela Eletrobras era outubro de 2012. Após atrasos na instalação das torres anemométricas, o prazo foi estendido para outubro de 2014, e ainda assim a conclusão só será apresentada no início de 2016.

Segundo o professor do Departamento de Energia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Maurício Beltrão, que foi responsável pela confecção do atlas, o material contém informações sobre as estatísticas do potencial eólico de todo o território paraibano. Além disso, o documento também traz outras informações de interesse ao planejamento e projetos para a fonte eólica, como a caracterização geográfica estadual, sua demografia, infraestrutura básica, geração e consumo de eletricidade, climatologia, unidades de conservação, terras indígenas, quilombos, áreas destinadas à reforma agrária e centros consumidores. “Através dele é possível realizar a identificação de locais merecedores de estudos de viabilidade de projeto de parques eólicos na Paraíba”, explicou Maurício Beltrão. “Em resumo, o Atlas Eólico da Paraíba pode ser utilizado para fins de planejamento e expansão do setor de geração de energia elétrica, tanto através de ações induzidas pelo poder público como através da iniciativa privada”.

De acordo com estudo publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para que a força dos ventos seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que a massa de ar seja maior ou igual a 500 watts por metro quadrado (W/m²) a uma altura de 50 metros, e a velocidade do vento seja de sete a oito metros por segundo (m/s). A avaliação do potencial eólico de uma região requer trabalhos sistemáticos de coleta e análise de dados sobre a velocidade e o regime de ventos.

Mesmo sem o atlas, os ventos já são a segunda fonte de energia mais utilizada do Estado, responsáveis por 10,74% da eletricidade gerada na Paraíba, segundo dados do Banco de Informações de Geração da Aneel. O número, entretanto, ainda passa bem longe do primeiro lugar: as termelétricas, que atualmente produzem 88,56% da energia do Estado.

No Nordeste, região onde se concentram mais os recursos eólicos do país, a Paraíba é quinto lugar na geração de eletricidade por meio desta fonte. A liderança é do Rio Grande do Norte, com 82,04% da energia do estado de fonte eólica. Em seguida vem o Piauí (61,79%), Ceará (38,57%) e Bahia (13,1%). Já Pernambuco (5,35%) e Sergipe (1,05%) geram menos energia eólica do que a Paraíba, e em Alagoas e no Maranhão a produção equivale a zero.

Atualmente, um dos parques eólicos instalados na Paraíba, denominado 'Parque Alhandra I', está inativo. A assessoria de imprensa da Aneel informou que a empresa responsável pelo parque, a Cedin do Brasil, alegou problemas financeiros para manter em funcionamento o empreendimento. A diretoria da Aneel já estuda revogar a autorização concedida à Cedin do parque às margens da BR-101.

Saiba mais

O atlas eólico tem como objetivo fornecer informações para capacitar tomadores de decisão (investidores) na identificação de áreas adequadas para instalação de parques eólicos. O atlas apresenta mapas temáticos dos regimes de vento (velocidade e direções predominantes) e os fluxos de potência eólica com as alturas.

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Jornal da Paraíba

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