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ECONOMIA

Aumenta o número de milionários em Campina Grande

Campina Grande foi a terceira cidade do país que mais ganhou novos milionários entre os anos de 2010 e 2012.

Publicado em 22/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:38

A cidade de Campina Grande foi a terceira cidade do país que mais ganhou novos milionários entre os anos de 2010 e 2012. Segundo dados levantados pelo banco americano Haliwell e consolidados pelo MCF Consultoria e GFK Brasil, a cidade registrou crescimento de 19% no número de novos milionários, que são aquelas pessoas que possuem a partir de 1 milhão de dólares para investimento imediato.

Apenas as cidades de Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) superaram Campina no ranking das dez cidades que, em termos relativos, ganharam mais integrantes na classe A brasileira. A capital rondonense e a cidade matogrossense registraram crescimento de 23%. A média de crescimento do número de novos milionários em Campina é bem acima das médias regionais registradas pela pesquisa, que foram de 0,5% no Nordeste; 1% no Sudeste; 2% no Norte e 10% no Centro-Oeste. Na região Sul houve queda de 0,6% no número de milionários entre 2010 e 2012.

Entre os ricaços da cidade estão empresários, industriais, comerciantes e até mesmo médicos. O comerciante Luciano Rocha, 48 anos, integra o grupo dos pertencentes à classe A campinense. Ele não é herdeiro de nenhuma fortuna, mas construiu a sua riqueza com muito esforço e não esconde a satisfação em, atualmente, fazer parte de uma minoria na sociedade detentora de alto poder aquisitivo. “O dinheiro não veio com facilidade e me orgulho do lugar onde cheguei. Hoje tenho o prazer de desfrutar de muitas coisas que, muitos anos atrás, eram apenas sonhos”, disse.

Viagens internacionais, carros de luxo, moradia de alto padrão, casa de praia, lancha são alguns dos luxos aos quais Luciano se dá, graças ao patrimônio que conseguiu construir ao longo dos últimos 30 anos de intenso trabalho, como diz.

“Passei as últimas quase três décadas da minha vida focado no trabalho, o que me dá grande satisfação porque através do que construí também posso proporcionar oportunidades para que as pessoas que trabalham comigo também possam crescer. Nos últimos três anos, graças a ter chegado a uma condição que considero estável, estou passando a me dedicar a aproveitar estas conquistas junto com a minha família e me satisfaço podendo dar à minha esposa e meus filhos o melhor que existir”, relata.

MERCADO LOCAL SE ADAPTA A NOVOS RICOS

A família de Luciano é uma das 3.885 que possuem as melhores condições financeiras dentro de um universo de 110.375 famílias que residem em Campina e que consomem, por ano, algo em torno de R$ 839 milhões. E o consumidor de alto poder aquisitivo não hesita na hora de ir às compras. Milionários e milionárias garantem faturamento sempre em alta para as lojas voltadas a atender, especialmente, este público.

As lojas de grife chegam a vender para uma única cliente, em um dia, um valor maior do que muitas lojas voltadas às classes B e C vendem em uma semana. Em apenas um vestido, há milionárias ou esposas de milionários que chegam a pagar R$ 7 mil pela peça. Amanda Amorim é proprietária de uma das lojas da cidade voltadas à alta sociedade e confirma que, nos últimos anos, tem aumentado o público deste segmento em Campina Grande.

Conforme explicou, os consumidores da classe A estão sempre dispostos a pagar pelas peças desejadas, sem se importar com os preços. A loja dispõe de vestidos importados desenhados por estilistas reconhecidos internacionalmente, como Patrícia Bonaldi. Apesar do alto valor dos produtos oferecidos, a procura é constante e chega a haver lista de espera entre as clientes.

Mesmo se tratando de artigos de altos valores, os consumidores da alta sociedade não deixam de comprar com frequência. Elissandra Gomes, gerente de uma loja de joias da cidade, revela que a maior parte da sua clientela de luxo é fixa e vai às compras com regularidade. Os homens acabam sendo os maiores consumidores, porque compram para eles e para as suas companheiras.

"Os relógios dominam a preferência masculina e eles chegam a pagar R$ 5 mil por uma peça. Eles também acabam sempre levando algum presente para a esposa ou namorada e daí a compra resulta em um valor considerável”, diz. Anéis são as joias preferidas pelos milionários para presentear.

PÚBLICO BUSCA ITENS EM OUTRAS CIDADES

Apesar do crescimento no número de milionários em Campina Grande, a cidade ainda não possui um mercado amplo para este segmento. Prova disso é o relato de muitos deles quando falam sobre onde costumam fazer suas principais compras.
É fácil ver nas ruas da cidade os milionários locais circulando com seus carros de luxo. Land Rover, BMW, Mercedez são carros vistos comumente, mas não é em Campina que estes produtos são adquiridos.

“Não dá para adquirir estes produtos sem passar as fronteiras da cidade. Mesmo tendo concessionárias de marcas que comercializam carros de luxo, as lojas locais não disponibilizam estas linhas para cá. Para comprar um deles, somente indo para outros centros, como João Pessoa ou Recife, que são mais próximos, ou se dispondo a ir até São Paulo, já mais distante”, conta Luciano Rocha, acrescentando que as concessionárias locais costumam disponibilizar para compra direta na loja apenas veículos com valores até R$ 80 mil.

Para a economista Carla Dias, mesmo com o crescimento da Classe A, o mercado campinense ainda não está preparado para comportar muitos estabelecimentos voltados para este público.

“Ainda é muito recente este fenômeno de riqueza. Apenas pouco mais de 3% da população da cidade se enquadra nesse perfil e levando em consideração que a cidade não tem uma população das mais numerosas do país, como acontece em Recife, por exemplo, o número de milionários que existe em Campina ainda não impulsiona o crescimento do mercado local para este segmento”, comenta a especialista. Ela salienta ainda que a cidade está, aos poucos, se adaptando para atender a este público.

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Jornal da Paraíba

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