ECONOMIA
Aumenta preço de gás de cozinha e veicular
Com reajuste, botijão passa a custar R$ 45. Já o combustível sobe para R$ 1,87 o metro.
Publicado em 30/08/2014 às 6:14 | Atualizado em 11/03/2024 às 12:12
O orçamento dos paraibanos terá mais dois reajustes este mês. Já está em vigor o aumento médio de 1,12% do Gás Natural comercializado pela Companhia Paraibana de Gás (PBGás) e, a partir de segunda-feira, o gás de cozinha (GLP) estará 12% mais caro. A alta do Gás Natural representa o repasse do aumento de 1,59% da Petrobras. Já a mudança do gás de cozinha está ligada ao aumento das distribuidoras em 9,7%.
O custo médio do botijão de gás de cozinha (13 kg) no Estado é R$ 40,00 e com o reajuste o novo valor ficará em cerca de R$ 45,00. “O dia 1º de setembro é a data base do dissídio coletivo das distribuidoras, cuja alta este ano foi de 9,7%. Então estamos repassando este aumento. Apenas 2,3% é para cobrir uma parte mínima das despesas da parte operacional das revendas, que inclui gasto como folha de empregados e despesa com combustível”, afirmou o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás-PB), Marcos Antônio Bezerra.
Segundo Marcos Antonio Bezerra, mensalmente são vendidos 600 mil botijões de gás de cozinha no Estado e no total existem 1.200 pontos de vendas legalizados, 300 deles somente na capital paraibana. O Sinregás-PB informou que o reajuste aplicado pelas distribuidoras tem a finalidade de cobrir os custos operacionais das empresas, que sofre o impacto da inflação acumulada nos últimos 12 meses e das despesas com folha de pagamento dos funcionários, em função do dissídio coletivo da categoria.
Marcos Antônio Bezerra, explicou que apesar do aumento, o valor do gás de cozinha vendido na Paraíba é o menor do Brasil, porque os revendedores vêm absorvendo parte dos custos ao longo dos anos para evitar o repasse de um reajuste maior para o consumidor final.
Ele lembrou que o percentual do último aumento anual, também aplicado pelas distribuidoras, foi de 9,7% em setembro do ano passado. "Como revendedores, torcemos para que a Petrobras consiga manter a estabilidade dos preços nos próximos meses. Mas, sabemos que tudo depende de vários aspectos ligados à questão da economia do país”, afirmou Marcos Antônio.
A direção do Sinregás orienta que o cidadão exija no momento da compra, o cupom fiscal. “Esse é um mecanismo de defesa do consumidor, pois através desse documento, ele tem assegurado o cumprimento dos direitos previstos em lei”, complementou Marcos Antônio.
REAJUSTES TAMBÉM PARA AS INDÚSTRIAS
A alteração do preço do Gás Natural foi publicada ontem no Diário Oficial do Estado e atinge o Gás Natural Veicular (1,26%), Gás Natural Comprimido (1,36%) e o segmento industrial (0,64%). O aumento não atinge as áreas comerciais nem residenciais.
Atualmente há posto de combustível que cobra R$ 1,85 pelo metro cúbico do GNV. Para abastecer um automóvel com um cilindro de 16 metros cúbicos gasta-se R$ 29,60. Com o aumento, o valor do metro cúbico passa para R$ 1,87 e a despesa total sobe para cerca de R$ 30,00.
De acordo com o gerente de tarifas e preços da PBGás, Ricardo Vieira, o reajuste para os segmentos comerciais e residenciais são anuais. O próximo irá ocorrer em novembro deste ano. “A mudança de preço representa o repasse do aumento da Petrobras que ocorre trimestralmente. Este último ocorreu no dia 1º de agosto e foi de 1,59%”, explicou Ricardo Vieira.
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