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ECONOMIA

Aviso aos navegantes: Litoral Brasileiro atrai Turistas Náuticos

Atraindo mais de 500 mil visitantes por mês no segmento, Brasil é convidado de honra da 40ª edição do Salão Náutico Grand Pavois, na França.

Publicado em 14/10/2012 às 19:10

Fernando Pessoa sabia o que estava falando quando reproduziu a frase de um general romano em um poema: “navegar é preciso, viver não é preciso”. A antiga expressão, usada para encorajar os marinheiros, hoje ecoa em muitos aventureiros que encontram no mar um refúgio para as tempestades da terra firme.

Conhecer novos lugares, visitar restaurantes e fazer compras parece um roteiro comum para qualquer turista, se não fosse pelo fato da programação ser realizada em alto mar. Dentro do navio, as opções de entretenimento são muitas: atrações musicais, jogos, aulas de ginástica... Tudo isso torna a viagem até mais divertida do que o próprio destino. Para a estudante Maria Olívia Elias, participar de um cruzeiro foi uma surpresa.

“Sempre tive vontade de viajar, mas sem escolher muito o meio de transporte”, comenta a estudante. “O melhor do navio é que a diversão nunca acaba. Sempre tem alguma coisa pra fazer e a viagem não se torna monótona nunca”, completa.

O turismo náutico é caracterizado pelo uso de embarcações como o principal atrativo da viagem ao mesmo tempo em que é utilizada como meio de transporte. O cruzeiro marítimo é um dos maiores exemplos desse segmento que vem crescendo em todo o mundo. Passeios de lancha ou de barco de pequeno porte também são considerados modalidades do segmento.

Para o funcionário público Paulo Corrêa, velejar é mais do que uma paixão. É uma terapia. Campeão brasileiro por duas vezes de Hobie Cat, o navegador conta que desde criança sonhava em ter um barco. Aos 30 anos o sonho virou realidade e Paulo começou então a participar de regatas. “Aprendi a velejar sozinho, só por curiosidade. Quase toda semana estava no mar pra praticar e tirava dúvidas com velejadores mais experientes”, relembra. E como filho de peixe, peixinho é, a paixão pelo mar também se perpetuou na família. “Meu filho começou a velejar ainda criança, na escolinha, e hoje, com 26 anos, ele compete na categoria Windsurf”, conta o pai.

Na Europa, segundo o Governo de Portugal, o mercado do turismo náutico cresce a taxas que variam entre 8 e 10% ao ano.

A estimativa para a prática do segmento no continente é de 3 milhões de viagens por ano, sendo a Alemanha e a Escandinávia os principais emissores de turistas no movimento interno ao continente. Já o movimento aduaneiro de Gibraltar, Bahamas e Trinidad aponta que britânicos e franceses são os que mais se lançam ao mar em busca de aventuras transoceânicas. O principal destino destes é o Caribe, mas o Brasil vem conquistando espaço no mercado internacional e atraindo cada vez mais turistas.

De acordo com dados do Governo Federal, o turismo náutico atrai mais de 500 mil visitantes por ano ao Brasil. Conhecido por suas belas praias, o litoral brasileiro possui mais de 7 mil quilômetros de extensão e aproximadamente 9 mil quilômetros de margens de reservatório de água doce, o que o torna o destino ideal para navegadores.

Um dos maiores eventos do mundo voltado para este segmento é o Salão Náutico Grand Pavois. O evento, que já está na 40ª edição, acontece anualmente na cidade de La Rochelle, na França. Neste ano, o Brasil foi o convidado de honra do Salão francês. Com uma área de 100.000m², 12 zonas temáticas, 700 barcos em exibição e mais de 860 expositores representando 30 países, Grand Pavois se tornou a maior exposição de Barcos Internacionais da Europa. O empresário francês Francis Vergnaud esteve no salão e nos contou como foi a experiência.

“Minha impressão geral é que a participação da Paraíba, estado pouco conhecido no exterior, foi fundamental para torná-la mais conhecida e por consequência mais visitada tanto por turistas vindos de barco quanto de avião”, comenta Francis.

Apaixonado pelo mar, Francis trabalhou com turismo náutico por 15 anos no Caribe. Já atravessou o Atlântico quase vinte vezes em um barco a vela e hoje é capitão de um veleiro. Casado com uma brasileira, eles fazem planos de viajar no próximo ano para Fernando de Noronha. “Fizemos uma viagem juntos, em janeiro deste ano. Para mim foi uma grande e agradável descoberta de um mundo novo”, revela Ana Cristina, esposa de Francis.

Apesar do crescimento do segmento, o Brasil ainda sofre com a carência de infraestruturas portuárias e a falta de preparo do receptivo para o atendimento ao público. Por meio de incentivos, o Governo Federal e o setor privado tem investido em cursos de capacitação profissional voltados para o segmento, esportes náuticos e criação de estruturas no litoral e interior do país. As medidas devem acelerar o ritmo do desenvolvimento do Turismo Náutico em todo o País.

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Jornal da Paraíba

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