Baixo crescimento agrava diferenças no NE

Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL-PB), José Artur de Almeida, os dados da Datamétrica são preocupantes já que, segundo ele, a Paraíba tem dificuldades em crescer, aumentando ainda mais a distância do Estado em relação aos demais do Nordeste e do Brasil. “Essa perspectiva aprofunda e agrava este quadro de diferenças regionais que já vivemos”, aponta.

Artur Almeida diz que a previsão é um alerta ao setor produtivo e ao governo do Estado para que se atentem como forma de criar ferramentas para incentivar a indústria e o comércio paraibano, buscando um crescimento maior do que as previsões. “Estes dois setores geram empregos e renda para nosso povo. Temos de nos unir para superar as perspectivas que nos são colocadas”, propõe.

Já o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep-PB), Magno Rossi, as previsões fazem sentido, e em alguns casos são até otimistas. “Tudo depende muito do comportamento da Europa este ano, que acredito ser uma variável muito importante neste contexto”, analisa. Se a tendência de estabilidade nos mercados se mantiver, Rossi acredita que o crescimento da região e do Estado poderão ser ainda maiores.

“Me preocupa muito uma nova crise na Europa e nos EUA, porque os produtos asiáticos voltarão a invadir o Brasil, prejudicando o mercado interno”, aponta.

Nestes casos, Rossi diz que o governo terá de criar medidas para conter a entrada de importações 'predatórias' na Paraíba, afim de colaborar com o desenvolvimento das indústrias locais.

“As importações são até incentivadas, o que pode beneficar o comércio, mas que prejudica muito o setor industrial”, aponta.