ECONOMIA
Bebidas têm reajuste adiado
Aumento de tributos que estava previsto para entrar em vigor dia 1º de junho ficará para 1º de setembro.
Publicado em 14/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 13:07
O governo federal decidiu adiar por 3 meses o aumento de tributos sobre bebidas frias. A medida foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o objetivo de evitar reajustes de preços durante a Copa do Mundo.
Segundo Mantega, o aumento de tributos que estava previsto para entrar em vigor dia 1º de junho ficará para 1º de setembro. O governo decidiu também que o reajuste não será dado de uma única vez, mas será feito de forma parcelada. Mantega disse que o período do parcelamento será decidido nos próximos 3 meses.
De acordo com presidente executivo da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, o mais provável é que o governo parcele esse aumento em um período de 2 ou 3 anos.
Solmucci disse ainda que as empresas do setor se comprometeram a manter investimentos, não demitir trabalhadores e não reajustar preços durante a Copa.
Ele, e outros representantes do setor, estiveram reunidos ontem com o ministro da Fazenda. Antes da reunião, eles haviam dito que ocorreria reajuste de preços, caso o governo não suspendesse o aumento dos tributos, e que haveria também demissões de cerca de 200 mil trabalhadores.
Mantega afirmou também que o governo estava preocupado com o impacto da medida sobre a inflação. No fim de abril, às vésperas da Copa do Mundo, a Receita Federal havia anunciado a elevação do imposto das bebidas frias, em busca de mais arrecadação.
O novo aumento foi anunciado pelo secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, um mês depois de o governo ter feito um reajuste na tributação desses mesmos produtos. A alta entraria em vigor em 1º de junho. A expectativa era que o aumento dos preços ao consumidor fosse de 2,25%, em média.
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