ECONOMIA
Cagepa realiza audiência pública e apresenta reajuste de 9,6% na conta de água
Se aprovado, valor mínimo para água e esgoto sairá de R$ 68,24 para R$ 74,79.
Publicado em 04/02/2020 às 16:30 | Atualizado em 05/02/2020 às 12:53
A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) realizou na tarde desta terça-feira (4) audiência pública para apresentar a proposta de reajuste na tarifa do serviço de abastecimento de água. A proposta apresentada é de 9,6%, que nas contas representará um aumento de aproximadamente R$ 3,64 para os usuários que consomem até 10m³, ainda precisa de aprovação da Agência de Regulação da Paraíba (ARPB).
Caso seja aprovado, o reajuste será implementado a partir de maio deste ano. O valor mínimo pago atualmente pelos usuários da Paraíba referente ao serviço de água e esgoto, que é de R$ 68,24, passará para R$ 74,79. Aos que pagam apenas pelo fornecimento de água, o preço sairá de R$ 37,91 para R$ 41,55.
O reajuste não contemplará as famílias beneficiadas pela Tarifa Social e o valor de R$ 11,62 para serviços de água e esgoto vai permanecer.
O presidente da Cagepa, Marcos Vinícius Neves, justificou que o reajuste na tarifa é necessário, pois o último aconteceu em 2018 e por isso, todos os insumos necessários para a realização das operações do órgão tiveram aumento de preço.
“O reajuste precisa acontecer, pois toda a prestação de serviço é baseada nos custos e nós temos insumos que são cotados em dólar. Se pegarmos a conta de energia de 2018 e trazer para agora, você vai ver o quanto subiu. Se você trouxer a cotação do dólar do final de 2017 e trazer para agora, tem uma diferença de quase 30%. De cloro aos canos de PVC, passando por combustível, tudo subiu para a Cagepa”, afirmou.
A aposentada Maria José Alves, que mora no bairro do Geisel, em João Pessoa, esteve presente na audiência pública realizada nesta terça-feira. Por coincidência, ela foi até a sede da Cagepa para esclarecer um problema em sua conta de água e aproveitou para participar do evento.
Segundo ela, o preço do serviço já é alto e com este novo aumento, vai ficar difícil para pessoas que, assim como ela, recebem um salário mínimo.
“Eu acho que o presidente acha que o assalariado pode pagar mais do que já pagamos hoje. É um absurdo uma casa como a minha pagar R$ 120 com quatro pessoas e todo mês aumentar. Eu vou ter que desligar a minha água, porque com o salário mínimo que eu recebo vou ter que escolher: ou faço a feira ou pago a conta de água”, contou.
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