ECONOMIA
Cai procura por aluguel de imóvel
Oferta de crédito para compra da casa própria impacta mercado da locação e preços de aluguéis ficam estáveis.
Publicado em 29/08/2014 às 9:26 | Atualizado em 11/03/2024 às 12:11
A grande oferta de crédito no mercado imobiliário para compra de apartamentos e casas está impactando o mercado de locação na Paraíba. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Jarbas Araújo Pessoa, a queda na procura por imóveis para alugar chegou a 20% nos últimos 10 anos. Mesmo assim, os valores dos aluguéis residenciais não têm caído, mas mantido o mesmo ritmo de reajuste. Quem completa aniversário do contrato de locação em setembro, por exemplo, terá a mensalidade reajustada em 4,89% segundo o Índice Geral de Preços (IGPM), da Fundação Getúlio Vargas. O índice é um dos principais indicadores para reajustes contratuais deste mercado.
Jarbas Pessoa argumentou que o déficit habitacional ainda é grande, no entanto, a procura cresce mais na área de compra do que aluguéis. Para se ter ideia, o presidente do Creci-PB lembrou que o faturamento anual das vendas de imóveis passou de R$195 milhões em 2005 para R$ 2,9 bilhões no ano passado. “E a oferta do mercado para venda aumentou neste período quase 20 vezes”, destacou.
Além da oferta de crédito e novas unidades habitacionais, Jarbas Pessoa ainda enfocou que a disponibilidade de imóveis para vender contempla pessoas de todas as camadas sociais. Vai desde as construções no formato de loteamento, voltados para o público do programa 'Minha Casa, Minha Vida', até condomínios de luxo para a classe A.
“A queda no mercado de locação de 20% vem sendo percebida desde 2005. E entre os motivos está também a mudança na Lei do Inquilinato, que garantiu alguns direitos aos proprietários”, disse.
De acordo com ele, entre as mudanças na legislação, está a garantia do locador poder despejar o inquilino em 30 dias ou 40 dias em caso de inadimplência da mensalidade. “Se estiver devendo um mês, o inquilino já pode ser despejado em até 40 dias. Antigamente isso poderia demorar anos”, explicou Jarbas Pessoa.
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