ECONOMIA
Campina Grande lidera as exportações na PB
João Pessoa, líder da série histórica no ranking das cidades exportadoras paraibanas, perdeu o posto para Campina Grande.
Publicado em 02/12/2011 às 8:00
A cidade de João Pessoa, líder da série histórica no ranking das cidades exportadoras paraibanas, perdeu o posto para Campina Grande e ainda foi ultrapassada por Santa Rita este ano, segundo dados da balança comercial divulgados pela Secretaria Nacional de Comércio Exterior (Secex). As exportações da capital caíram 73,48% nos dez meses e somaram até outubro US$ 17,87 milhões. No ano passado, no mesmo período, João Pessoa havia exportado US$ 67,39 milhões.
Enquanto as exportações da capital apresentaram forte queda, outros municípios avançaram nas vendas para o exterior e subiram diversas posições no ranking. Além de Campina Grande, que ajudado pela Alpargatas passou de US$ 59,75 milhões em 2010 para US$ 63,56 milhões neste ano, somando Santa Rita, obteve um crescimento de 147,02% em suas exportações, indo de US$ 11,76 mi para US$ 29,56 milhões.
Apesar disso, quem mais subiu no ranking foi a cidade de Mataraca, na Litoral norte do Estado, passando da 11ª para a 4ª colocação, com US$ 11,1 milhões exportados neste ano contra US$ 2,5 mi em 2010, um aumento de 348,6%, ajudado pelas exportações de minério ilmenita para a China. Completam os 10 primeiros colocados, Mamanguape (US$ 8,17 mi), Pedras de Fogo (US$ 5,7 mi), Bayeux (US$ 3,6 mi), Caaporã (US$ 3,3 mi), Cabedelo (US$ 2,8 mi) e Picuí (US$ 830,34 mil)
A boa notícia é que o número de cidades que exportaram aumentou de 17, em 2010, para 21, este ano. Cidades como Queimadas, Lucena e Pedra Lavada, que não exportaram no ano passado, passaram a vender para o mercado exterior.
Para o secretário de Indústria e Comércio da Paraíba, Marcos Procópío, a queda é natural, já que Campina Grande concentra a maior parte do parque industrial do Estado e muitas empresas têm migrado de capitais e regiões metropolitanas para o interior.
“A questão não é apenas aqui, mas em todo o Brasil. A exportação de manufaturados tem caído significativamente, e nosso grande mercado tem sido as commodities, que não são produzidas em regiões metropolitanas”, avalia.
Apesar disso, Procópio diz que o aumento no número de cidades exportadores é reflexo de um esforço governamental para que a cultura de exportação seja desenvolvida em empresas de todos os tamanhos. “Conheço empresas de Campina Grande, por exemplo, que exportam 100% de sua produção e não têm relacionamentos com o mercado interno. E são empresas pequenas, com faturamento de até R$ 3 milhões.
O mercado é muito grande, mas essa transformação de cultura leva algum tempo”, finaliza.
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