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ECONOMIA

Carro com IPI menor até o dia 31

IPI reduzido para veículos não será prorrogado e consumidor tem até 31 de agosto para aproveitar a alíquota reduzida.

Publicado em 23/08/2012 às 6:00

Os consumidores indecisos sobre a compra do carro zero quilômetro devem ficar atentos, pois o benefício do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com alíquota reduzida valerá apenas para os carros que forem faturados até o dia 31 de agosto. Após consulta da Agência Brasil, a Receita Federal informou que o fato gerador do IPI ocorre na saída do veículo do estabelecimento fabricante. Nesse momento, destaca o Fisco, deverá ser verificada qual é a alíquota vigente. As informações são da Agência Brasil.

"Assim, os fatos geradores ocorridos até 31 de agosto contarão com a alíquota reduzida. Os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de setembro já estarão submetidos à alíquota normal, independentemente se o financiamento, eventual entrada ou pagamento antecipado tenham ocorrido até o dia anterior", informou a área técnica da Receita.

No dia 31 de julho, em Brasília, após reunião com o setor automotivo, Mantega anunciou que o governo não cogitava prorrogar a redução do IPI para automóveis. Na semana passada, o ministro disse, em São Paulo, que não havia uma definição sobre o assunto. A consultora de vendas informou ainda que, na concessionária onde trabalha, o movimento aumentou em aproximadamente 30% nos últimos dias. "O anúncio das medidas ocorreu em maio. Em junho e em julho, as empresas passaram a se reprogramar para atender à demanda. Isso envolve, entre outras coisas, conversar com o fornecedor para ver se ele consegue entregar mais peças. Sair da inércia leva pelo menos três meses", avaliou.

Ele lembra também que o governo, quando tomou a medida anticrise em 2008, teve o cuidado de restabelecer as alíquotas originais gradualmente.

FORTE MOVIMENTO
Para o gerente de vendas da concessionária da Autovia (GM) , Fábio Moura, o movimento intenso no mês de agosto justificará um aumento de 60% com relação às vendas do mês anterior.

No entanto, o foco de vendas tem sido para os veículos disponíveis para pronta entrega. “Estamos trabalhando com um fluxo forte de pessoas, então não podemos garantir o IPI, se o faturamento acontecer após o dia 31. Todos os clientes são informados disto”, acrescentou.

O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, disse não ter recebido nenhuma sinalização do governo de que a redução do IPI será prorrogada. "Estamos cruzando os dedos para que seja prorrogada [a redução]. Temos informado ao governo que a medida foi determinante para reverter resultados negativos", enfatizou.

Segundo Meneghetti, no acumulado deste ano, até ontem, as vendas de automóveis e comerciais leves cresceram 3,92%, em relação ao mesmo período de 2011. Foram 2,225 milhões de carros vendidos. "Se a medida não for prorrogada, podemos ter uma ressaca. Esses números podem não se manter", argumentou.

No dia 21 de maio, o governo anunciou que as alíquotas de IPI caíram de 7% para 0% (carros até 1.000 cilindradas); de 11% para 6,5% (de 1.000 a 2.000 cilindradas); e de 4% para 1% (utilitários).

Para os automóveis que não estão no Regime Automotivo, incluindo os importados por empresas que não têm fábrica no Brasil ou nos países com os quais o Brasil tem acordo, a alíquota cai de 37% para 30% (até 1.000); de 41% para 35,5% (de 1.000 a 2.000 cil); e de 34% para 31% (utilitários). Além de ter o IPI reduzido, o acordo entre governo e montadoras também previu desconto no preço de tabela. De acordo com o ministro, os fabricantes se comprometeram em reduzir os preços dos veículos de até 1.000 cilindradas, em 2,5%, sobre o preço de tabela. O desconto seria 1,5% para os veículos entre 1.000 e 2.000 (cl) e 1% para os utilitários.

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Jornal da Paraíba

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