ECONOMIA
Cerca de 15 milhões limparam o nome
Levantamento do Serasa mostra que renegociação de dívidas cresceu 13,7% em relação a 2011 no Estado.
Publicado em 31/10/2012 às 6:00
De janeiro a setembro deste ano, mais de 15 milhões de consumidores pagaram as dívidas pendentes e limparam o nome. Segundo levantamento da Serasa Experian, o número é 13,7% maior do que o registrado no mesmo período de 2011.
Segundo a superintendente de Informação ao Consumidor da Serasa, Maria Zanforlin, o crescimento da quantidade de inadimplentes que renegociam as dívidas é um movimento consistente. “O número de regularizações vem aumentando, esse indicador está com uma tendência muito favorável há algum tempo”, ressaltou.
No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o SPC de João Pessoa também apresentou uma redução nas exclusões de consumidores, indo de 25,475 mil, no mesmo intervalo de 2011, para 15,942 mil (-37,4%).
No SPC de Campina Grande, as exclusões registraram redução de 14% (de janeiro a setembro do ano passado, a cidade teve 7,795 mil reabilitações, enquanto até agora em 2012 a soma foi de 6,699 mil).
A melhora da conjuntura econômica do país nos últimos meses é um dos fatores responsáveis pela quitação dos débitos dos devedores, na avaliação da superintendente. Ela destaca os baixos níveis de desemprego que garantem uma “condição de renda muito positiva” às famílias.
Além disso, Maria aponta a melhora da educação financeira da população como fator importante para o aumento das renegociações. Ela explica que parte dos 40 milhões de brasileiros que entraram no mercado de consumo nos últimos dez anos acabaram não sabendo lidar com o grande número de ofertas direcionadas a eles. “Tem pessoas com quatro ou cinco dívidas, uma situação de descontrole”, aponta.
Entretanto, a superintendente acredita que esse público passa agora a lidar melhor com o crédito. Maria também destaca que as empresas credoras estão buscando os devedores para regularizar a situação desses consumidores. “Existe uma disposição de ambas as partes."
Porém, Maria lembra que os consumidores devem fazer um planejamento antes de fazer a renegociação. “[É preciso] estudar o que é prioritário, o que precisa ser resolvido”, aconselha.
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