ECONOMIA
Classe C perde 38,9 mil famílias
Segundo estudo da IPC Maps quantidade de famílias que integram a classe C deve recuar na Paraíba.
Publicado em 24/05/2012 às 6:30
A classe econômica C, que nos últimos anos vinha tendo o maior destaque de potencial de consumo na Paraíba, neste ano deve passar por um recuo na quantidade de famílias que integram este universo econômico. O estudo IPC Maps 2012, que faz um levantamento sobre o potencial de consumo da população, mostra que a classe econômica C é a única que sofreu redução em número de lares no Estado, passando por um fenômeno de “migração negativa”, tendo em vista que a maior parte das 38,9 mil famílias que saíram da classe C deverão ser acolhidas pela Classe D e não para a classe B de maior potencial.
Em 2011, a classe C era formada por 471,465 lares na Paraíba e vai cair para 432,514 mil famílias, o que representa uma queda de 8,26% (38.951 lares). Deste total de domicílios que saíram da classe C, apenas 5,2 mil passam a integrar a classe B. As outras 33,6 mil famílias tiveram o potencial de consumo reduzido e devem integrar a classe D, de menor potencial.
Para o coordenador do estudo IPC Maps, Marcos Pazzini, esta migração negativa é um fator pontual. Ele acredita que nos próximos anos deverá ocorrer novamente uma migração positiva. “A tendência é que a migração positiva dos domicílios das classes econômicas D e E passando para a classe C continue acontecendo nestes próximos anos”, avalia.
Por considerar este um problema pontual, Pazzini acredita que não deverão ocorrer consequências negativas no mercado paraibano. “Como é um fato pontual, acredito que não deverá afetar o mercado de forma negativa, pois o potencial de consumo da Paraíba aumentou entre 2011 e 2012 (cerca de 11%). Além do consumo ter aumentado, houve crescimento significativo na quantidade de empresas estabelecidas no Estado, da ordem de 26%”, ressaltou.
FATORES DA QUEDA
O coordenador da pesquisa acrescentou que não é possível estabelecer fatores isolados que tenham determinado esta migração negativa, mas acredita que alguns fenômenos possam ter colaborado para a diminuição da Classe C e crescimento da Classe D. “Acredito que esta migração possa ter sido causada pela migração de população de municípios menores para municípios que estão se desenvolvendo mais rapidamente: este tipo de fenômeno (migração da área rural para centros urbanos) ocasiona migração social negativa. Há ainda a possibilidade de pessoas que haviam migrado para outros estados e estão retornando para seu município de origem, o que também pode causar migração social negativa”, enumerou.
CLASSE A CRESCE 33,7%
Entre as classes econômicas, a que deverá ter o maior crescimento relativo em 2012 na comparação com 2011 é a classe A, com uma variação 33,79% na quantidade de famílias, passando de 16.987 mil para 22.728 mil domicílios. O alto crescimento percentual está atrelado exatamente à pequena quantidade de domicílios nesta faixa.
OUTRAS CLASSES
Por sua vez, a classe E deverá ter um crescimento relativo de 30,05%, sendo formada por 14,254 mil lares ante 10,960 mil em 2011. Já a classe D registra crescimento de 19,7% de lares totalizando 208,580 famílias, enquanto a classe B registra um crescimento modesto 3,3% (5,2 mil) o que eleva para 164,044 mil famílias, o suficiente para liderar o potencial de consumo em 2012 na Paraíba, pois irá consumir R$ 12,279 bilhões contra R$ 11,248 bilhões da classe C, que perdeu potencial.
O número global de lares urbanos na Paraíba em 2012 crescerá apenas 1,18% (9,832 mil) fechando em 842,120 mil.
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