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ECONOMIA

Coco verde tem alta nas vendas

Com relação ao ano passado, a estimativa é que o crescimento da produção chegue a 25%.

Publicado em 09/10/2011 às 8:00

Carro-chefe da produção agrícola na região de Sousa, no Alto Sertão do Estado, o coco verde tem gerado rendimento bruto de cerca de R$ 2,1 milhões por mês. Com relação ao ano passado, a estimativa é que o crescimento da produção chegue a 25%, com aumento de área de cultivo estimado em 15%. Conforme informações do Sebrae, que desenvolve projetos com os produtores da região, diariamente cerca de 200 mil frutos são produzidos e vendidos por R$ 0,35 a unidade.

Atualmente cerca de 800 produtores trabalham com o plantio do coco, gerando entre 500 e dois mil empregos diretos e indiretos, a depender do período do ano. Além de abastecer o mercado interno, os cocos produzidos na região de Sousa têm como principais destinos os Estados de Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.

Com clima e solo favoráveis, produtores da região garantem que o diferencial do coco colhido em Sousa é o teor de açúcar na água. “No Nordeste, nós temos o maior período de incidência de iluminação por dia. Este fator, unido à boa qualidade do solo, faz com que tenhamos um coco com a água mais doce”, explicou Levi Menezes, que há 22 anos produz coco no Perímetro Irrigado de São Gonçalo, em Sousa.

Menezes acredita que o crescimento na quantidade de frutos colhidos está diretamente ligada à demanda pelo produto. “Há 6 anos estamos vivenciando uma fase de melhoria nos preços do coco, que é ocasionada também pela demanda. Hoje, muitas pessoas têm preferido beber água-de-coco no lugar de beber refrigerante, por exemplo”, ressaltou o produtor.

Para auxiliar no crescimento da cultura do coco, a unidade do Sebrae em Sousa está desenvolvendo o Projeto Desenvolvimento Integrado do Vale dos Dinossauros, com atuação nas duas principais áreas de plantio: o Perímetro Irrigado de São Gonçalo e as Várzeas de Sousa.

“Estamos realizando orientação técnica para produção e manejo, além de monitoramento de pragas e doenças nas culturas de coco e banana. Estamos realizando também capacitações, seminários, promovendo acesso a mercado através de participação em eventos, rodadas de negócio, estimulando os produtores a trabalharem em conjunto, visando o associativismo para fortalecer o desenvolvimento da atividade na região. Além de missões técnicas para conhecer regiões que se destacam nesta atividade”, enumerou a gestora do projeto, Rafaella Catão.

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Jornal da Paraíba

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