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ECONOMIA

Com 10,09%, reajuste do aluguel tem maior índice em sete anos

Índice utilizado para reajustar valor do aluguel de imóveis, o IGP-M, triplicou este ano com relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado 2,94%.

Publicado em 30/10/2015 às 7:30

O custo da renovação de aluguel vai pesar mais no bolso dos inquilinos em novembro. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), principal indexador para o reajuste de aluguéis, fechou no acumulados de doze meses acima de dois dígitos (10,09%), que representa mais que o triplo do registrado, quando foi renovado imóvel no mesmo período do ano passado (2,94%). É o maior índice dos últimos sete anos. O indicador serve como balizador para os aumentos de locação previstos para novembro.

Com o mercado de locação retraído na Paraíba com a oferta maior de imóveis, a tendência, porém, é que os reajustes sejam firmados abaixo desse patamar, o que vai aliviar o bolso do inquilino que tem maior poder de barganha. Em outubro, o IGP-M alcançou 1,89%, alta de 0,94 ponto percentual em relação a setembro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais da Paraíba (Secovi-PB), Inaldo Dantas, enquanto no ano passado havia a negociação para se adotar um índice maior, em 2015 deve ocorrer o inverso. “No ano passado o índice estava tão baixo, que valia mais a pena firmar acordo entre as partes para fazer com que o reajuste ficasse acima do IGP-M. Mas este ano, do jeito que o mercado está retraído e o povo apertado, a maioria dos donos de imóveis está negociando abaixo do índice para não perder cliente”.

Segundo Inaldo Dantas, nos contratos que chegaram ao final não se usa necessariamente o IGP-M. O índice é aplicado com maior rigidez nos contratos que estão em andamento, ocorrendo apenas o reajuste anual, por exemplo. “Mas mesmo neste caso pode ocorrer o acordo entre as partes. Este ano é grande a oferta de imóveis para locar e os preços caíram. Muitos que foram postos à venda e não tiveram saída no mercado foram colocados para alugar”, revelou.

O proprietário da Imobiliária Lopes de Andrade, Waldemir Lopes de Andrade, contou que quando o IGP-M estiver previsto em contrato tem que ser seguido. “Mas quando existe um bom inquilino, que paga em dia, sempre deve prevalecer o diálogo, porque quem usa a rigidez acaba ficando com o imóvel vazio”.

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Jornal da Paraíba

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