ECONOMIA
Comércio de vestuário cresceu 8,5% em João Pessoa
O segmento registrou a maior taxa entre 20 setores pesquisados, com crescimento do faturamento real de 8,55%.
Publicado em 03/02/2012 às 8:00
O comércio de vestuário foi o setor de destaque do varejo na Grande João Pessoa no ano de 2011. O segmento registrou a maior taxa entre 20 setores pesquisados, com crescimento do faturamento real de 8,55% no ano passado, bem acima da média geral do varejo que ficou em 1,94%, conforme pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (Ifep-PB). Contudo, a taxa desacelerou na comparação com o desempenho de 2010 (21,6%).
O presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas (FCDL), José Artur de Melo Almeida, afirmou que o aumento foi tímido tendo em vista que o segmento do vestuário geralmente se expande acima de dois dígitos. Na avaliação de José Artur, “o primeiro semestre registrou crescimento mais forte, porém esse resultado não foi mantido no segundo semestre, que apresentou um crescimento menor no faturamento real”.
No mês de dezembro do ano passado o faturamento do segmento cresceu 6,09% sobre o mês de dezembro do ano anterior, mostrando perda de ritmo no período de maior pico de vendas.
“O segundo semestre tem um peso maior porque as vendas são mais concentradas no comércio de vestuário, mas o desempenho não foi o que esperávamos. O comércio varejista tradicionalmente se expande, levando em consideração a vaidade dos consumidores que impulsiona as vendas, além do maior poder de compra”, disse José Artur de Melo.
Ele ainda apontou alguns fatores que podem ter sido preponderantes para que o faturamento do setor não fosse maior. “O comércio de vestuário foi afetado principalmente pela ida de brasileiros ao exterior. Quando eles retornam trazem muitos produtos importados para revender aqui no Estado, o que tem retirado do varejo um importante percentual de lucro e nós não temos meios de competir com esta prática porque a alta carga tributária não permite. É necessário uma fiscalização em relação a esse comércio. Se isso já ocorresse, as vendas teriam um crescimento bem expressivo. O setor têxtil é o que mais emprega e necessita de uma atenção especial”, diz Artur.
Para a gerente da Loja Emanuelle, Edna de Moura, o faturamento real de 2011 atingiu os resultados que haviam sido previstos para o ano. Ela explicou que as vendas no estabelecimento aumentaram 26% em relação ao ano de 2010.
Para este ano as expectativas são as melhores possíveis.
“Esperamos vender bastante, mas estamos conscientes de que viemos de um ano muito bom e que o resultado pode não ser repetido”, disse Edna.
Já Rosicleide da Silva, chefe de seção das Lojas Marisa, avaliou que as vendas foram boas, mas o faturamento real não atendeu às expectativas. “Apesar do aumento, a taxa não ficou na margem do percentual previsto para o ano”, disse.
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