ECONOMIA
Comércio reclama do excesso de feriados
Rotina faz parte do calendário do setor, mas neste final de semana que antecede o Dia de São João, as vendas perdem força
Publicado em 21/06/2013 às 8:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 13:48
Comércio fechado é sinônimo de prejuízo e, além dos finais de semana, o varejo de João Pessoa fecha as portas 14 vezes no ano por conta dos feriados – sendo quatro municipais e dez nacionais. A rotina faz parte do calendário do setor, mas neste final de semana que antecede o Dia de São João, as vendas perdem força mesmo antes do dia 24 chegar, já que o pessoense começa a deixar a capital já nesta sexta-feira.
Segundo o empresário e presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) na capital, Lindemberg Vieira, os setores de comércio e serviços, juntos, representam 85% da arrecadação do ICMS da Paraíba. “Então, fora o lado obviamente positivo do descanso das pessoas, cada feriado representa prejuízo para o lojista e menos arrecadação para o Estado”, afirmou.
O grande problema, conforme continuou, não é que o feriado exista, mas o fato é que o pessoense deixa a capital nos dias que antecedem a data de fato e acabam transformando em descanso o dia que era para ser de trabalho. “Quando se fala em 'feriadão', as pessoas começam a deixar a cidade, há o ponto facultativo para os servidores – que são maioria aqui – e as vendas do varejo ficam prejudicadas mesmo antes do feriado”, explicou.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa, Eronaldo Maia, na capital, se o comerciante quiser abrir sua empresa no próximo dia 24, por exemplo, precisa arcar com o pagamento de uma taxa extra (por volta de R$ 50) para cada funcionário e dar uma folga posterior para ele. “Comércio fechado é prejuízo, então, quem quer, pode abrir a loja. Mas há um acordo entre os lojistas sobre os feriados, por isso existe esta taxa”, comentou.
Para o empresário da A Primavera Tecidos, José Gomes, os dias 'imprensados' são os mais prejudiciais. “Mas é bom lembrar que existem os dois lados, o que não é bom pra mim, pode ser bom para outro”, disse.
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