ECONOMIA
Compras e-Sedex caem 7% na PB
Compras do comércio online oriundo de e-Sedex, que chegam via Correios e Telégrafos da Paraíba, registraram queda de 7% em maio deste ano.
Publicado em 01/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 18:08
Após dobrarem de maio de 2010 para 2011 e registrarem alta menor no mesmo mês no ano passado (18,56%), as compras do comércio online oriundo de e-Sedex, que chegam via Correios e Telégrafos da Paraíba, registraram queda em maio deste ano. Considerando o mês do Dia das Mães, o volume de encomendas caíram 7%. O volume saiu de 14,149 mil unidades para 13,142 mil objetos no e-Sedex. A expectativa do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) dos Correios era de projeção de alta de 20%.
Em maio de 2010, o número de encomendas do e-sedex havia sido de 5.779 e saltaram para 11.934 de e-sedex. Mas nos anos seguintes, as vendas do e-commerce vêm apresentando queda, em relação ao mesmo período do ano passado.
Vale lembrar que o crescimento de 106% de 2010 para 2011 pode ter uma explicação no fato do e-commerce ainda está em fase inicial e tem limites de peso, além de base mais fraca para comparação se comparado com os anos iniciais.
Já para os representantes do comércio paraibano há alguns pontos entre as duas modalidades de vendas que precisam ser ajustadas. “Todo mundo tem seu espaço, sua criatividade para fazer seu negócio. Mas uma das preocupações neste tipo de venda é a concorrência desleal”, afirmou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL-JP), Eronaldo Maia.
Uma das diferenças está no pagamento do ICMS. “Quando se compra na loja física, pagamos alíquota do ICMS de 7% a 12% que ficam na Paraíba. Já na venda on line este ICMS fica no estado de origem. Então isso significa prejuízo para o nosso Estado”, disse Eronaldo.
Ele acrescenta que outro ponto que pode ser frisado é com relação à geração de emprego e renda para os moradores locais. “Para funcionar, esses sites têm pequenos escritórios e, ao contrário das lojas físicas, germ poucos empregos. Consequentemente, têm menos gasto com empregados”, afirmou.
Contudo, a queda não anima empresários de lojas tradicionais. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL), José Artur Melo, afirmou que o ideal seria que o governo federal criasse uma “igualdade tributária” para as duas formas de negócio.
“O comércio on line é uma realidade e não podemos negar. Agora, o governo federal deveria instituir a igualdade tributária para ambos os comércios. Nas lojas convencionais, por conta do ICMS, os produtos saem cerca de 10% mais caros. Isso é injusto e as vendas on line estão tirando clientes dos comerciantes convencionais. A internet funciona 24 horas.
DIA DOS NAMORADOS PREVÊ R$ 1 bi
Se o Dia das Mães foi de queda na Paraíba, o comércio eletrônico online aposta nos casais para ampliar vendas. As vendas do comércio eletrônico para o Dia dos Namorados devem movimentar um bilhão de reais neste ano, de acordo com a e-bit, empresa especializada em informações do setor. O faturamento esperado para o período entre 29 de maio e 12 de junho é 25% maior que o dos mesmos dias de 2012, quando as vendas somaram 784 milhões de reais.
A expectativa da e-bit é de que a alta das vendas no período acompanhe a expansão esperada para todo o setor no acumulado de 2013, que também é de 25%. O resultado projetado para o Dia dos Namorados já é melhor do que o verificado no Dia das Mães, quando o comércio eletrônico registrou um crescimento de 15%, no país
O crescimento deve ser motivado pela aceleração da competição entre as grandes lojas virtuais, com mais ofertas de descontos e fretes grátis, de acordo com a pesquisa.
Os itens de moda e acessórios devem estar entre os mais vendidos neste período, seguidos por eletrodomésticos, produtos relacionados à saúde e beleza e artigos de informática.
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