icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Construção civil dobra postos de trabalho

Em quatro anos, número de trabalhadores com carteira assinada no setor subiu de 15.756 para 31.882, segundo Ministério do Trabalho.

Publicado em 01/01/2012 às 8:00


Para Leandro Henrique Faustino, 19 anos, o primeiro emprego foi na construção civil, setor que mais cresceu em vagas formais na Paraíba no período de 2006 a 2010, segundo o Relatório Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Em dezembro de 2006, havia 15.756 trabalhadores com carteira assinada na construção civil, quatro anos depois o número dobrou (31.882), o que representou uma alta de 100,27%. Entre os oito setores, a construção civil foi o que gerou maior aumento proporcional na criação de postos na Paraíba, entre 2006 e 2010, ultrapassando o setor da agropecuária no ranking.

Leandro, morador do bairro Mandacaru, trabalha há seis meses na obra do maior edifício em construção na Paraíba, que emprega outras 80 pessoas. “Os salários são bons e é bem fácil de arrumar emprego em construção civil. Estou trabalhando como servente de pedreiro, e pretendo continuar nesse ramo”, explica o jovem.

Apesar da forte variação da construção civil, o sertor da administração pública lidera ainda com folga o estoque de empregos no Estado. As esferas públicas do Estado, dos 223 municípios e do governo federal empregaram até dezembro de 2010 mais de 246,541 mil pessoas, representando 42,54% do total de vagas da Paraíba. A variação entre 2006 e 2010 foi de 17,15%.

Mas, há quatro anos a fatia no setor era maior: em 2006, 46,69% dos empregos eram do setor público, uma queda de 4,15%. De acordo com o economista e assessor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) Renato Silva, essa é uma característica de Estados com economia ainda pouco desenvolvida, assim como o Piauí. “Esses Estados pequenos, onde a indústria não tem grande participação na geração de riquezas têm uma economia semelhante. Em algumas cidades, a prefeitura é quem mantém a economia e a maioria dos empregos”, explica.

Renato acrescenta ainda que o crescimento na construção civil tem relação com a massificação de investimentos em infraestrutura e habitação nos últimos anos. “O setor é o que mais tem se destacado. O PIB da Paraíba cresceu 5,5% em 2008, enquanto a construção civil cresceu mais de 20%. A expectativa é de que esse setor cresça ainda mais com os investimentos para a Copa do Mundo-14, com a construção de estradas e hotéis”, revela.

Apesar de crescer 40,43% em número de vagas (de 59,076 mil para 74,918 mil), a indústria de transformação caiu no ranking de terceiro, em 2006, para a quarta, em 2010 no número de postos.

A queda foi para o comércio (de 56,079 mil para 83,959 mil) e é atribuída à 'ineficiência' do setor no Estado, de acordo com Renato. “Sabemos que o que gera mais empregos hoje são comércio e serviços. A indústria de transformação da Paraíba ligada às usinas tem caráter sazonal. O que alavanca ou reduz nossa indústria é a cana-de-açúcar. Ficamos reféns das safras”, avalia.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp