ECONOMIA
Construção civil ganha impulso
Setor será beneficiado com desoneração da folha de pagamento, redução de tributos e acesso a capital de giro.
Publicado em 05/12/2012 às 6:00
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem novas medidas de estímulo à construção civil, durante a cerimônia do programa Minha Casa, Minha Vida. O setor deverá ser beneficiado em três pontos: desoneração da folha de pagamentos, redução de tributos e acesso a capital de giro durante o período de construção das habitações.
Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Fábio Sinval, o anúncio representa um impulso para o crescimento do setor e ainda poderá significar contratação de mais mão de obra em 2013.
De acordo com o governo, a desoneração na folha de pagamento poderá chegar a R$ 2,85 bilhões. Atualmente, o setor gasta R$ 6,28 bilhões com pagamento de 20% da folha ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, com a nova medida, passará a pagar 2% do faturamento bruto. "O setor não pagará mais INSS. Não vou dizer pelo resto da vida porque é muito tempo, mas por um longo período", disse Mantega.
Fábio Sinval relembrou que, após as desonerações que beneficiaram a indústria de produtos da linha branca e de automóveis, faltava a construção civil ser beneficiada. “Este é um pleito antigo nosso. A construção é um setor que emprega uma mão de obra pouco especializada e esses incentivos nos ajudarão a continuar crescendo, mesmo em tempos de desaceleração”, comentou.
Outra medida é a redução da alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) da construção civil, de 6% para 4% sobre o faturamento.
Na solenidade, o ministro ressaltou a importância da construção civil para o Brasil. “[O setor é] responsável por quase metade do investimento que nós fazemos no país. Portanto, estimular a indústria de construção é estimular o investimento no país".
Segundo ele, o setor também é importante porque contribui para dois dos maiores sonhos da população: ter uma casa própria e conseguir um emprego. De acordo com o ministro, o setor emprega atualmente 7,7 milhões de pessoas. (Com informações da Agência Brasil)
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