ECONOMIA
Construção sustentável tem custo 20% maior
Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, certas ações também podem gerar renda para as residências, diz construtor.
Publicado em 25/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 23/01/2024 às 12:03
Temas relativos à sustentabilidade foram discutidos em uma série de palestras no '1º Seminário Paraibano de Construção Sustentável', promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), que aconteceu na noite de quarta e durante todo o dia de ontem no Hotel Tambaú. Construções ecologicamente sustentáveis são um investimento, segundo o presidente do Sinduscon, Fábio Sinval.
Uma construção sustentável custa em média de 10% a 20% mais do que uma obra tradicional. Apesar disso, o presidente do Sinduscon-JP acredita que a economia que pode ser alcançada depois faz com que o custo valha a pena. O preço da instalação de painéis solares por exemplo, pode ser compensado pela economia na conta de energia, que pode chegar a ser zerada.
Fábio Sinval citou como exemplo um condomínio construído por sua empresa no bairro do Altiplano, onde há coleta seletiva de lixo, placas fotovoltáicas (que transformam luz do sol em energia elétrica), coleta de óleo de cozinha e um reservatório para coletar água da chuva. O empreendimento, bem sucedido nas vendas, teve como fator preponderante o caráter ecológico da construção.
De acordo com o construtor, além de contribuir para a preservação do meio ambiente, certas ações também podem gerar renda para as residências. “Nós recolhemos o óleo de cozinha usado, que é altamente poluente, e vendemos para que seja reutilizado, então geramos receita para o condomínio”, disse. Segundo Fábio, isso gera a possibilidade de ter uma taxa condominial decrescente, ou seja, que pode ficar mais barata de acordo com a receita gerada.
Diogo Azevedo, engenheiro civil especialista em energia, avalia que a instalação de placas fotovoltáicas para suprir a necessidade de energia elétrica de uma casa custa em média R$ 30 mil. Ele explicou que durante o dia a energia que não está sendo utilizada é mandada para a rua e se transforma em crédito para o morador. À noite, quando a eletricidade é mais necessária é possível utilizar a energia da rua se aproveitando dos créditos acumulados.
“Se o sistema gera 500kw de energia, por exemplo, e a família consome 1000kw, a conta no final do mês será 1000kw menos 500kw. No caso do consumo ser menor do que a energia gerada pelo sistema, isso resultará em créditos que podem ser usados em outro imóvel inscrito sob o mesmo CPF”, detalhou o engenheiro.
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