ECONOMIA
Consumidor busca alternativas na hora de comprar medicamentos
Para fugir dos aumentos, consumidor adota descontos em sites de laboratórios, genéricos ou recorrer às farmácias populares
Publicado em 26/04/2015 às 13:00 | Atualizado em 14/02/2024 às 12:31
Com a perda do poder de compra dos consumidores, valem todas as armas para economizar na hora de adquirir os produtos essenciais, como, por exemplo, medicamentos, que este mês teve o maior reajuste dos últimos seis anos (7,7%). Segundo a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, em média, 12% da renda do consumidor está comprometida com remédios.
Para fazer com que os gastos com estes produtos não estourem o orçamento doméstico, deve-se adotar desde a boa e velha pesquisa de preço até a busca por descontos nos sites dos laboratórios. Outra alternativa é procurar o tipo genérico do produto ou até receber o item de forma gratuita nas Farmácias Populares espalhadas pelo Brasil.
“Dependendo do tipo do medicamento, o desconto dado pelos laboratórios para os remédios de uso contínuo pode chegar a 70%”, destacou Dolci. Para aderir aos programas de fidelização dos laboratórios basta se informar através dos números de contatos registrados nos rótulos dos produtos. Em geral, o número do telefone fica na caixa do remédio, bastando apenas se inscrever para conseguir os descontos.
Mas segundo Maria Inês Dolci, após realizar o cadastro, sempre é bom checar a cada nova compra se ainda está valendo o desconto, porque ele pode ser aplicado por um determinado período.
Outra maneira de economizar com remédios é checar se o medicamento está na lista do programa Farmácia Popular do governo federal. Atualmente existem 112 itens oferecidos com até 90% de desconto em relação ao cobrado no mercado. Nesta lista estão contidas substâncias usadas no tratamento de várias doenças como gastrite, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma. Já os remédios para asma, diabetes e hipertensão são disponibilizados gratuitamente.
A coordenadora institucional da Proteste lembrou que o consumidor também deve procurar os postos de saúde da cidade para verificar quais tipos de medicamentos estão disponíveis nas Farmácias Populares porque, dependendo da localidade, nem todos são disponibilizados gratuitamente.
Vale ainda, de acordo com Maria Inês, pedir ao médico a troca do remédio de laboratório (mais caro) pelo tipo genérico, que tem a mesma fórmula e baixo custo. “Mas antes de fazer a troca deve-se consultar o médico”, alertou Dolci.
Pacientes que tratam hipertensão ou diabetes, devem consultar o médico sobre a possibilidade de utilizar um dos medicamentos que constam da lista do Programa Farmácia Popular. Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o programa oferece mais 13 tipos de medicamentos com preços mais baratos utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência.
O governo federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre os cidadãos. O programa possui uma rede própria de Farmácias Populares e a parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamada de "Aqui tem Farmácia Popular".
As unidades próprias contam com um elenco de medicamentos, com o acréscimo dos preservativos masculinos, os quais são dispensados pelo seu valor de custo. Mais informações no portalsaude.saude.gov.br.
Saiba mais
Consulte seu médico sobre a possibilidade de usar a versão genérica do medicamento. O genérico, em regra, é mais barato. Mas não deixe de pesquisar preços de genéricos fabricados por diferentes laboratórios, pois há diferenças entre eles.
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