ECONOMIA
Contrato de aluguel sobe 5,6%
Inflação de aluguel tem índice maior para os contratos renovados no mês de dezembro; correção leva em consideração o IGP-M.
Publicado em 29/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:26
Os paraibanos com contrato de locação vencido neste mês terão um índice de correção de 5,60%, levando em consideração o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acumulados nos últimos 12 meses.
Apesar da forte desaceleração do índice de novembro, a “inflação de aluguel” tem índice maior para os contratos renovados no mês de dezembro, que ficou em 5,27% em 12 meses. Já comparado ao índice do mesmo período do ano passado, a correção será menor, quando os contratos tiveram correção de 6,95%.
A pensionista Zailda Lino de Almeida, que tem contrato de aluguel vencido este mês de um apartamento nos Bancários de três quartos, terá de pagar pela locação no final de dezembro um novo valor. Atualmente, a locação custa mensalmente R$ 795 e será reajustada para os próximos doze meses com o valor de R$ 839,52, alta em espécie de R$ 44,52 ao mês. Na soma de 12 meses, o valor pago a mais será R$ 534,24.
“Como locação está cada vez mais cara a cada ano, se for sair do apartamento para encontrar outro na mesma localização e qualidade não encontrarei com o mesmo valor”, justifica a pensionista, que vai solicitar a renovação do contrato.
Em novembro, o IGP-M teve alta de 0,29%, variação bem abaixo da registrada em outubro (0,86%). Desde janeiro, a taxa acumula 4,88% e, nos últimos 12 meses, 5,60%. O índice, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, é utilizado como base de cálculo em renovações de contratos de aluguel, entre outros.
Segundo a FGV, o IGP-M deve continuar em desaceleração em dezembro, disse nesta quinta-feira, 28, o coordenador dos IGPs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
"Não há novas pressões se formando, porém pode haver uma perturbação no indicador em decorrência do reajuste dos combustíveis", alertou. Ele afirmou que o IGP-M do próximo mês dificilmente vai ultrapassar os 0,68% registrados em dezembro de 2012. "Além disso, se não houver alteração no preço dos combustíveis, a taxa em 12 meses deve fechar o ano um pouco abaixo dos 5,6% verificados até novembro.
"Quadros disse que a desaceleração de 0,86% em outubro para 0,29% em novembro foi puxada pelo resultado do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de 1,09% para 0,17% entre os dois períodos. "O IPA teve um recuo generalizado nos grupos que o compõem." Ele citou como exemplo o trigo, que foi de 0,7% em outubro para -9,06% em novembro.
Segundo Quadros, o trigo, assim como outros grãos, vivenciou um período de insuficiência de produção e quebra de safra, o que fez que apresentasse uma alta considerável do ano passado para cá. O economista chamou a atenção, por exemplo, que, mesmo com a queda de 9,06%, o trigo acumula alta de 30,19% em 12 meses. "No entanto, da mesma forma que a soja, o trigo tem uma boa perspectiva de normalização de oferta."
Segundo ele, embora não na mesma intensidade, essa baixa deve chegar ao consumidor em um ou dois meses, pois o ciclo da produção é curto. (Com informações das agências Estado e Brasil)
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