Contratos de aluguel têm reajuste de 3,23%

Os paraibanos que moram de aluguel terão um reajuste menor em seus contratos que vencem em abril deste ano. Isto porque o acumulado dos últimos 12 meses do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou em 3,23% neste mês. O que representou um recuo de 7,7 pontos percentuais, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando a 'inflação de aluguel' foi de 10,94%.

Apesar da alta de 0,43% em fevereiro, a taxa do IGP-M ficou abaixo da inflação do período dos 12 meses, que acumulou 5,84%. Quem pagava em 2010, por exemplo, uma locação de R$ 500, corrigida pelo IGP-M, teve o contrato reajustado em abril de 2011 sobre o percentual de 10,94%, que representou um aumento direto de R$ 54,7 no pagamento mensal.

Já para este ano, os locatários que têm seus contratos que vão vencer em abril, terão o valor dele corrigido em apenas 3,23%.

Seguindo o exemplo utilizado, quem até abril deste ano pagava R$ 554,7, deverá ter acrescido R$ 17,91 no valor do contrato na imobiliária, elevando o valor para R$ 572,6.

Utilizado para balizar os aumentos de energia elétrica e dos contratos de aluguel, o IGP-M não força tanto a elevação dos preços quanto a especulação imobiliária, especialmente na Paraíba. Mesmo com o financiamento habitacional em alta, a procura por imóveis para alugar ainda é maior do que a oferta, o que mantém os preços dos novos contratos em ascensão.

NOVOS CONTRATOS
Com 25 anos de atuação no mercado, o corretor Jarbas Araújo, da imobiliária JPM, estima que os contratos fechados em 2011 sofreram alta de 16%. "A tendência de aumento mantém-se a cada ano e levam os proprietários fazerem novos contratos e manter os antigos", ressalta.

Um apartamento considerado de nível intermediário, com dois quartos e localizado em um bairro na capital, com localização próxima aos mais nobres, tem valor médio de aluguel estimado em R$ 700. Esses valores, em 2011, estariam em torno de R$ 550 e R$ 600, segundo o corretor Jarbas Araújo.

MELHOR SAÍDA
Já o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Rômulo Soares, alerta que a melhor opção é sempre o acordo entre locador e locatário.

"Quem aluga deve levar em conta a confiança do seu inquilino, a sua assiduidade com os compromissos e o cuidado que ele tem com o imóvel", lembra.

O representante dos corretores paraibanos explica que os contratos têm vigência média de três anos e, terminado este período, o proprietário poderá reajustar seu aluguel da forma como desejar. Porém, alerta que "o bom senso é sempre a melhor medida para todo acerto", orientou.