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ECONOMIA

Cooperativa pode ser uma das saídas para a crise econômica

Em pleno semiárido da Paraíba, cooperativa mostra que em momento de instabilidade na economia o associativismo pode fazer a diferença.

Publicado em 07/06/2015 às 11:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 16:54

Em meio a um cenário de adversidades, marcado pela instabilidade da economia, a junção de forças, por meio das cooperativas, e a criatividade nos negócios, surgem como alternativas para driblar os tempos difíceis, garantindo lucro e revelando talentos pela Paraíba. Histórias de sucesso, que servem de inspiração, serão contadas a partir de hoje, na série 'Enfrentando a a crise', produzida pelo JORNAL DA PARAÍBA e pelos demais veículos da Rede Paraíba de Comunicação. Ao longo da semana serão abordados temas como empreendedorismo, capacitação, startup e incubadoras de empresas.

O primeiro exemplo de que é possível resistir às dificuldades econômicas e se manter firme no mercado foi encontrado no município de Cabaceiras, a 180 km de João Pessoa, no Cariri. A 'Roliúde Nordestina' se destaca não apenas pelos muitos filmes lá gravados, como O Auto da Compadecida, mas também pela forma de sobrevivência sustentável encontrada pelos curtidores de couro de bode, animal resistente à Seca. Há 16 anos, quando a atividade dava sinais de cansaço e apontava para o fim, surgiu a Cooperativa de Curtidores e Artesãos em Couro de Ribeira de Cabaceiras – a Arteza.

Segundo José Carlos de Castro, um dos fundadores da cooperativa, na década de 80 o trabalho com o couro do bode já não empolgava os artesãos da localidade. O lucro mal dava para fazer a feira. Muitos desistiram, outros optaram por tentar a sorte no Sudeste, enquanto Castro se manteve firme na intenção de continuar no ofício, que passava de pai para filho em Cabaceiras. No ano de 1999, ele decidiu reunir um grupo e fundar a Arteza, da qual é presidente.

Com uma produção semanal de 200 pares de calçados (sem contar os demais produtos), a cooperativa foi se consolidando ao longo dos anos e conquistou mercado. Hoje a maior parte da clientela está em Pernambuco, mas a Arteza também vende para Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e, claro, Paraíba. Através das feiras de artesanato, é possível afirmar que a Arteza chegou a todas as regiões do país, para orgulho dos cooperados e da população de Cabaceiras.

No curtume coletivo, localizado no distrito de Ribeira, cerca de 60 famílias garantem o sustento da casa e passam pelo período de crise e de Seca sem fortes abalos, o que representa quase um milagre na região do semiárido, onde chuva é coisa rara. A fartura vem do couro, que se transforma em bolsas, carteiras, sandálias, chaveiros, etc. Antes da cooperativa, os artesãos se limitavam a produzir para o homem do campo, que ainda andava a cavalo.

As coisas melhoraram ainda mais em Cabaceiras quando os artesãos desenvolveram uma forma de eliminar o cheiro característico do couro. A técnica colocou a Arteza como referência no país. “Há uma procura grande de curtidores de outros Estados interessados em conhecer nossa técnica para melhorar o produto deles”, declarou. Com os muitos parceiros que conseguiu desde sua fundação, a Arteza cresceu: o curtume hoje funciona em um galpão e conta com dezenas de maquinários modernos.

“O bom é que não falta matéria-prima, pois o bode é um animal resistente à Seca, o que garante a atividade para as próximas gerações”, afirmou.

Leia a matéria completa na edição impressa do JORNAL DA PARAÍBA deste domingo.

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Jornal da Paraíba

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