ECONOMIA
Copa eleva vendas de carnes
Em dias de jogos do Brasil na Copa, a procura por carnes como picanha, maminha e costela aumenta até 50% em João Pessoa.
Publicado em 28/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 17:24
Assim como o futebol, o churrasco também é uma preferência nacional. E nos dias de jogos do Brasil na Copa, a procura por carnes como picanha, maminha e costela aumenta até 50% nos estabelecimentos de João Pessoa, comparado aos outros dias do mês. Para alguns empresários, junho, que é um período de baixa para o segmento, terá incremento de quase 30% por causa da Copa do Mundo.
Na véspera do jogo, como ontem, alguns torcedores prevenidos garantiam a compra do produto e os supermercados já registravam filas. “Na véspera do jogo da Seleção Brasileira o aumento na procura por carne para churrasco é de 25%. Mas têm os atrasados, os famosos 'brasileiros' que deixam para a última hora e a procura cresce até 50% no dia do jogo”, declarou Walker Cordeiro de Souza, proprietário da Cian do bairro de Tambaú, em João Pessoa.
De acordo com ele, o período junino é de pouca procura nos açougues e frigoríficos por ser um período de férias, em que muita gente viaja para o interior. Mas 2014 será atípico e a Copa do Mundo está impulsionando o setor. “Comparado a junho de 2013, teremos um acréscimo de 28% este mês na nossa receita”, assegurou Walker de Souza.
Mesmo com a grande demanda, o empresário garante que não houve reajuste de preço do produto, pelo contrário, a alta acumulada este ano não foi repassada ao consumidor. “De janeiro até agora o valor do produto bovino acumulou aumento de 25%, mas não repassamos para o consumidor. Porque como estamos vendendo bem, recuperamos este reajuste”, destacou.
O gerente do Frigorífico Bela Vista, nos Bancários, Marivaldo Mateus, afirmou que o aumento no faturamento no local quando a Seleção Brasileira entra em campo varia de 10% a 20%. Segundo ele, a concorrência das grandes redes e 'atavarejos' situados em João Pessoa dificulta a maior saída do produto bovino nos estabelecimentos de menor porte. “Este ano percebemos que o mercado está estável, sem aumentos relevantes e fica difícil a gente concorrer com as grandes redes”, afirmou.
Nos frigoríficos, o quilo da maminha (argentina) é vendida, em média, a R$ 33,00 e a nacional a R$ 20,60, enquanto a picanha argentina custa R$ 51,90 e a nacional R$ 33,00.
NOS SUPERMERCADOS
O presidente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB), Cícero Bernardo, ressaltou que a expansão de carnes para churrascos nos dias de jogos fica entre 5% e 10%. Ele lembrou que a receita no setor em junho deverá ser a mesma do mesmo período do ano passado e se não fosse o Mundial ocorreria redução. “Se não fosse a Copa, teríamos redução na receita em relação a junho de 2013”, declarou.
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