icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Corte no tributo do trigo não reduz preço do pão

Corte do imposto sobre a importação de trigo de fora do Mercosul apenas impedirá que o preço suba mais, diz sindicato.

Publicado em 26/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 11:07

O corte da alíquota de 10% pago sobre a importação de trigo a países de fora do Mercosul (Imposto de Importação) não deverá provocar uma redução nos preços dos produtos derivados, entre eles o pão. O alerta é do presidente do Sindicato das Panificadoras do Estado da Paraíba, Romualdo Farias. Ele lembra que a sobretaxa foi criada para desestimular a importação de outros países de fora do bloco econômico – “leia-se Argentina”, destaca.

Para Romualdo Farias, o corte do imposto sobre a importação de trigo de fora do Mercosul apenas impedirá que o preço suba mais. Farinha de trigo representa cerca de 30% do preço do pão.

“Não é possível reduzir o preço do pão, porque o preço da farinha não vai baixar. Mas a retirada da sobretaxa vai impedir que o preço volte a aumentar”, afirma Farias. Segundo ele, a TEC é uma medida protecionista do governo brasileiro criada desde a formação do Mercado Comum do Sul (Mercosul) para estimular a importação do produto apenas entre os países participantes. Desta forma, o trigo importado do Canadá, Estados Unidos ou Europa, por exemplo, teriam de pagar a sobretaxa.

“A Argentina está mais quebrada do que arroz de terceira, não tem mais condições de atender às exportações. A situação era a seguinte: ou retirava a taxa ou o preço do pão ia aumentar de novo, invariavelmente”, comenta o presidente do sindicato.

Apesar de a Câmara de Comércio Exterior (Camex) alegar que a medida – que vale até o dia 15 de agosto – foi adotada para cobrir o período de entressafra na Argentina, analistas temem que os produtores do país vizinho voltem a inibir as exportações por conta da desvalorização da moeda local e da instabilidade econômica.

Para Farias, o ideal é que o imposto seja retirado definitivamente, permitindo uma maior liberdade econômica.

“Os donos de moinhos têm de comprar trigo de produtores que têm melhor preço e qualidade, independente do país. Ninguém deve ser obrigado a comprar nada na Argentina”, critica. Cerca de 30% do preço do pão é composto pelo valor da farinha.

Apesar de o Brasil esperar a melhor safra de trigo de sua história entre 2014 e 2015, atingindo 7,37 milhões de toneladas, o produto é cultivado apenas na região Sul, por conta do clima temperado. Com isso, cerca de 40% do trigo usado na produção de farinha destinada aos fornos das padarias deve ser importado. Este ano, espera-se que a importação da commodity atinja entre 5 e 5,5 milhões de toneladas, segundo dados do consultor agroeconômico Carlos Cogo.

REDUÇÃO

A Camex anunciou a redução da alíquota do Imposto de Importação do trigo de 10% para 0% na última terça-feira, por meio da Resolução Camex nº 42, publicada no Diário Oficial da União (DOU). O produto foi incluído na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec) para obter a isenção.

A isenção só será válida até o dia 15 de agosto de 2014 para uma cota máxima de até 1 milhão de toneladas. De acordo com o órgão, presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a medida foi adotada para “garantir o abastecimento no mercado brasileiro, tendo em vista que os países do Mercosul estão em período de entressafra”.

PREÇO DO PÃO

De acordo com o último levantamento do Procon de João Pessoa, o preço do quilo do pão francês na capital tem variação de 91,1%. O preço mais alto praticado é na Padaria Bonfim, em Tambaú, onde custa R$ 10,49. O menor foi registrado na Panificadora Pão da Vida, em Mangabeira, onde o quilo é comercializado a R$ 5,49. O preço médio, considerando os 27 estabelecimentos pesquisados, é de R$ 6,94.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp