ECONOMIA
Coteminas vai elevar produção
Com a desativação das unidades do Rio Grande do Norte, fábricas de JP e CG são cotadas para compensar déficit na produção da empresa.
Publicado em 15/03/2012 às 6:30
As unidades da indústria têxtil Coteminas da Paraíba deverão absorver a produção das unidades do Rio Grande do Norte, que serão desativadas para virar um complexo imobiliário.
O investimento no Rio Grande do Norte será de R$ 1 bilhão. O projeto imobiliário vai viabilizar uma área de 885 mil metros quadrados na cidade de São Gonçalo do Amarante. As unidades de Campina Grande e João Pessoa são cotadas para compensar a redução de produção no estado vizinho.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o presidente da Coteminas e filho de José Alencar, Josué Gomes da Silva, projetou que o novo investimento seria concluído em cinco anos.
O empresário afirmou que poderá destinar as unidades da Paraíba para suprir a produção desativada nas unidades da empresa em São Gonçalo do Amarante.
O diretor executivo da Coteminas na Paraíba, Magno Rossi, assegurou que as filiais paraibanas possuem tecnologia, qualidade e mão de obra suficiente para suprir as necessidades da companhia. No entanto, esta ampliação dependerá da análise de conjuntura feita pela Coteminas e da demanada que o mercado apresentar.
"Ainda é prematuro projetar que reflexos este redirecionamento terá para a Paraíba. Se haverá contratações no Estado ou se nossa produção será aumentada. Tudo está sendo analisado pela direção da empresa", pontuou Magno Rossi. No entanto, ele assegura que a qualidade das unidades paraibanas permite que o potencial produtivo no Rio Grande do Norte seja revertido para a Paraíba.
Além do investimento no setor imobiliário, com crescimento destacado no Brasil, a justificativa da Coteminas para sua diversificação foi a valorização do real e a concorrência com os produtos importados da China. O complexo imobiliário no Rio Grande do Norte incluirá residências, escritórios, shopping center, hotel, centro de convenções, teatro e escola.
O presidente da empresa adiantou à Folha que o fato de Natal ser uma das sedes da Copa do Mundo foi determinante para a guinada da Coteminas para o setor imobiliário.
"Estudos de mercado apontaram qual era a melhor utilização do terreno", afirmou. Sobre a importância da indústria têxtil, Josué admitiu a perda de importância do setor e desconversou sobre a mudança de área da Coteminas.
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