ECONOMIA
Crédito habitacional triplica desde 2007
No mês passado, o volume do crédito habitacional atingiu R$ 205,8 bilhões, alta de 2,7% em relação a dezembro e de 44,5% em 12 meses.
Publicado em 29/02/2012 às 7:30
O crédito para a compra da casa própria atingiu em janeiro a marca de 5% de tudo o que a economia produz, divulgou ontem o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.
Segundo ele, em cinco anos, o volume de crédito habitacional mais do que triplicou em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
“Em janeiro de 2007, o crédito habitacional correspondia a 1,5% do PIB. Em janeiro de 2011, esse total era 3,7%”, comparou Maciel.
No mês passado, o volume do crédito habitacional atingiu R$ 205,8 bilhões, alta de 2,7% em relação a dezembro e de 44,5% em 12 meses.
Do total de crédito habitacional, R$ 191,3 bilhões correspondem a créditos direcionados – operações com recursos do governo ou da parcela que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central e que têm juros mais baixos. Os R$ 14,5 bilhões restantes têm origem em operações com recursos livres.
Maciel divulgou dados preliminares sobre a evolução do crédito em fevereiro. Nos oito primeiros dias úteis deste mês, a média diária das concessões cresceu 0,9% em relação ao mesmo período de janeiro.
Essa expansão, no entanto, resulta de movimentos diferentes: a concessão de crédito a empresas cresceu 3,3%, enquanto os novos empréstimos a pessoas físicas recuaram 2%.
Até 10 de fevereiro, os juros médios das operações totais de crédito cresceram 0,3 ponto percentual em relação a janeiro. As taxas para pessoas físicas aumentaram 1,2 ponto, mas os juros cobrados das empresas caíram 0,6 ponto. O spread bancário (diferença entre as taxas pela qual os bancos captam recursos e os juros cobrados dos tomadores de crédito) subiu 0,7 ponto.
Apesar de os números indicarem que o crédito continuará encarecendo em fevereiro, Maciel evitou fazer previsões para este mês. “Os dados são apenas preliminares. Durante o mês, o comportamento pode mudar ao longo de fevereiro, até porque o número de dias úteis foi reduzido", disse.
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