icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Crianças viram nicho de mercado promissor em JP

Mercado infantil em João Pessoa está em plena expansão e as vendas se mantêm fortes nos 12 meses do ano.

Publicado em 29/09/2013 às 8:00

Eles são pequenos no tamanho, mas consomem mais do que muita gente grande. O mercado infantil em João Pessoa está em plena expansão e as vendas para uma população de mais de 100 mil habitantes deixaram de ser sazonais como Dia das Crianças ou Natal, mas se mantêm forte nos 12 meses do ano. Não é à toa que o número de serviços como casas de festas quadruplicaram na última década e para os meses de pico como outubro, alguns segmentos do comércio já aumentaram 50% do estoque.

Há segmentos na capital com crescimento anual de até 40% nas vendas. Focadas neste público, multinacionais também direcionam suas estratégias de marketing para fidelizar este público cada vez mais cedo.

Por ano, lojas de roupas e calçados, casas de festa e outras empresas dedicadas às crianças movimentam cerca de R$ 50 bilhões no Brasil. Em João Pessoa, nas vendas do varejo, seja no setor de vestuário, calçado, acessórios ou brinquedos, os empresários são unânimes em dizer que o consumo deste nicho de zero a 12 anos, que representa 15% da população pessoense, é permanente e a procura cresce de 15% a 25% a cada ano.

Mas para suprir a necessidade dos pequenos consumidores, os empresários precisam ter muita capacitação, criatividade e inovação. “Trabalhamos com o público masculino e nossos clientes são da classe A e há procura o ano todo, até pela exclusividade de nossas peças. Agora sentimos uma carência de lojas para atender a demanda existente. Investimos também na qualidade do atendimento e trazemos novidade toda semana”, revelou a gerente da loja Valettinho, Juliana Oliveira. A grife infantil oferece roupas e acessórios para os meninos, desde meias e cintos, até terninhos.

A gerente da loja Lilica e Togor, Ana Tereza Neves Batista, disse que, apesar das demanda se manter de janeiro a dezembro, há épocas, como as férias, em que a saída de produtos aumenta consideravelmente. “Em julho, por exemplo, nossas vendas dobraram em relação ao ano passado. Cerca de 3 mil peças saíram da loja. Este é um mercado muito bom e o pessoal que nos procura é de todas as camadas sociais. O curioso é que em 80% das vendas, a própria criança é quem decide a compra. Isso ocorre a partir dos três anos de idade”, relatou Ana.

O gerente da Thiago Calçados do Manaíra Shopping, Nilton Cavalcante, contou que a cada ano, a demanda deste nicho cresce pelo menos 10%. Segundo ele, este cliente é exigente e tem voz ativa na hora da escolha do calçado. “A criança leva o que quer, não adianta. Nos últimos cinco anos este mercado cresceu pelo menos 20% e nosso ticket médio é de 200”, contou Nilton, acrescentando que tem comprador de todo poder aquisitivo.

No setor de acessórios, como brincos e pulseiras, os lojistas também não têm o que reclamar. A gerente da loja Rommanel, Pâmela da Silva Costa, afirmou que este é um bom mercado para o setor de semi joias. “Como trabalhamos com peças que não dão alergia, somos bastante procurados. Para o Dia das Crianças trabalhamos produtos exclusivos para a data”.

Nos estabelecimentos comerciais que oferecem enxovais completos, da roupinha do bebê até os móveis, as vendas também não ficam a desejar. “O mercado infantil está crescendo muito em João Pessoa e com isso veio a concorrência para os empresários. Há 16 anos tínhamos basicamente três lojas no centro de João Pessoa voltadas para este público e agora já são dezenas”, afirmou a gerente da San Remo Baby, situada no centro da capital paraibana, Adeilda Medeiros.

Segundo ela, o mercado também tem muita novidade para atender esta clientela. “Hoje em dia já tem banheira dobrável, cadeira de alimentação portátil que vira uma bolsa e as pessoas nesta área procuram aliar qualidade, durabilidade e variedade. Procuramos as novidades do mercado e percebemos que a cada ano as vendas aumentam cerca de 15%”, afirmou Adeilda Medeiros.

A gerente da loja Gente Inocente, de Mangabeira, Liliane Vieira, afirmou que existem cinco lojas na capital. A cada ano, a demanda aumenta até 40%. “Este é um mercado promissor. Temos tudo para criança, do recém-nascido até 12 anos. O público alvo vai das classes A a C. Com exceção dos móveis, a média de gastos com enxoval varia de R$ 600,00 a R$ 800,00”.

FIDELIZAÇÃO PRECOCE
De acordo com a administradora Luciana Rabay, da Brazilliant Consultoria, o mercado infantil está crescendo no mundo todo devido a alguns estímulos externos como televisão a cabo, que passam informações que cativam e fidelizam a criança. “Para algumas marcas a fidelização do público infantil é uma forma de ter uma cliente para sempre. Algumas empresas mundiais oferecem lanches para crianças com brinquedos, que às vezes custam mais do que o próprio alimento. E dessa forma cria um hábito na criança de querer ir àquela lanchonete. Esse hábito a criança leva para a vida adulta. Essa é uma outra razão para o aparecimento de produtos e serviços para o público infantil”, explicou a consultora.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp