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ECONOMIA

Custo do milho pressiona mercado

Ao lado da soja, o produto é a principal matéria-prima para a produção de carne bovina, suína e de aves nos Estados Unidos e  Brasil.

Publicado em 05/09/2012 às 6:00


O custo do milho nos mercados nacional e internacional, com a forte alta provocada pela quebra de safra nas principais regiões produtoras do grão que sofreram com a seca este ano, como os Estados Unidos e o Sul do Brasil, tem pressionado fortemente o mercado de carnes. Ao lado da soja (farelo de soja) o produto é a principal matéria-prima para a produção de carne bovina, suína e de aves nos Estados Unidos e de aves e suínos no Brasil.

O preço da saca de milho chegou a quase R$ 35,00 e o da soja a R$ 85,00, em média. O preço mínimo, usado como referência de mercado para garantia de aquisição pelo governo federal, foi R$ 13,02 para a saca de 60 quilos de milho e R$ 22,87 para a saca de soja.

AVE E SUÍNO AFETADOS
No Brasil, onde a produção de aves e suínos é mais sensível ao problema, o governo tem usado o estoque regulador para amenizar os impactos. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 1,2 milhão de toneladas de milho estão disponíveis para regulação. Parte desse estoque tem sido disponibilizada no mercado a preços subsidiados em relação aos atuais. As regiões Nordeste e Sul do país, que mais sofreram com a estiagem e que têm sentido mais fortemente os impactos dos preços de grãos na produção de carne, são prioridade.

Com a modalidade denominada Venda Balcão, voltada para pequenos produtores, o governo se compromete com a entrega das sacas comercializadas. “Mas estamos com problemas [nessa modalidade] porque a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] tem feito leilões de frete. Com o superaquecimento do mercado de frete, a Conab não está conseguindo contratar caminhões”, explicou Edilson Guimarães, diretor do Departamento de Comercialização e de Abastecimento Agrícola e Pecuário do Mapa.

Guimarães acrescentou que pela modalidade de Venda de Estoques Públicos [VEP], os produtores compram e levam o produto a preços mais baixos. “Na última quinta-feira (30), das 30 mil toneladas de milho que disponibilizamos, vendemos 18 mil para o Nordeste e Norte do país. Amanhã, vamos ofertar mais 30 mil toneladas e aí poderão entrar os produtores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul”, disse.

As operações serão realizadas até o fim de dezembro, de acordo com a portaria que viabilizou as medidas. Para os produtores nordestinos, estão reservadas 400 mil toneladas de milho, e para os produtores do Sul, 200 mil toneladas.

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Jornal da Paraíba

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