ECONOMIA
Diferença cresce com nível de escolaridade
Dados do MTE mostram que mulheres com curso superior completo ganham, em média, 38,81% a menos, no momento da admissão, do que os homens.
Publicado em 03/08/2012 às 6:00
No Brasil, mulheres com Educação Superior Completa ganham, em média, 38,81% a menos, no momento da admissão, do que os homens com o mesmo grau de instrução. Isto porque, ainda de acordo com os dados do MTE, o salário médio do semestre de 2012, nesta categoria, para o sexo feminino foi calculado em R$ 1.962,59, enquanto o masculino somou R$ 3.207,88.
O quadro se repete na tabela, que apresenta as diferenças desde os profissionais homens e mulheres tidos como 'analfabetos' até os que possuem o ensino superior completo. Segundo os dados, uma mulher classificada como analfabeta possui praticamente o mesmo salário médio de admissão do que aquela que possui até o 5º ano incompleto do Ensino Fundamental, sendo acrescido apenas 44 centavos (R$ 714,42 e R$ 714,86, respectivamente).
Já para os homens, fazendo a mesma comparação, o valor sobe R$ 72,48 (de R$ 769,22 para R$ 841,7).
Segundo o coordenador do Dieese, Renato Silva, as estatísticas surpreendem. “As pesquisas apontam que as mulheres, em média, têm um grau de escolaridade superior aos homens. Ou seja, elas procuram mais a capacitação profissional”, comenta.
Na opinião da consultora de RH Maria Helena Morais, a discrepância entre os salários não tem data para deixar de existir.
“A gente não tem como mensurar, no entanto podemos dizer que nos últimos dez anos houve uma melhora e continuamos caminhando, apesar dos passos lentos”, finaliza.
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