ECONOMIA
Dívida familiares com bancos tem leve recuo
A parcela dos salários destinada ao pagamento de dívidas com bancos teve um leve recuo pelo terceiro mês consecutivo em agosto.
Publicado em 26/10/2013 às 6:00
A parcela dos salários destinada ao pagamento de dívidas com bancos teve um leve recuo pelo terceiro mês consecutivo em agosto. De acordo com o Banco Central (BC), o comprometimento da renda dos brasileiros, que considera valores mensais para os ganhos e para as prestações pagas às instituições financeiras, recuou de 21,46% em julho para 21,4% em agosto. Esse é o porcentual mais baixo desde junho de 2011 (21,17%). O recorde para esse indicador foi registrado em janeiro de 2012 (22,98%).
Em outro cálculo, o BC também considerou o endividamento das famílias do Brasil com o sistema financeiro, que considera o total das dívidas dividido pela renda no período de um ano.
Nesse caso, o porcentual cresceu em agosto pelo oitavo mês consecutivo e bateu novo recorde. O valor total das dívidas correspondia, naquele mês, a 45,36% da renda do trabalhador nos últimos 12 meses, ante 45,10% em julho (recorde anterior).
A explicação para a diferença entre os dois números são as dívidas imobiliárias, que em agosto passaram a representar, pela primeira vez, metade do crédito para pessoas físicas. O valor desses empréstimos pesa sobre a renda anual, mas fica menor quando se considera apenas a prestação mensal, pois são, em geral, financiamentos entre dez e 30 anos. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, segundo o BC, o endividamento fica em 30,38% da renda anual até agosto, ante 30,41% em julho. Nesse caso, o recorde continuam sendo os 31,51% registrados em agosto de 2012. Em setembro, ao divulgar os dados, o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, afirmou que o endividamento das famílias cresce de forma saudável e sustentável.
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