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ECONOMIA

Educação financeira: o que é e como planejar

Em um mundo onde as decisões financeiras têm um impacto direto na qualidade de vida, a educação financeira emerge como uma ferramenta essencial para promover a estabilidade econômica.

Publicado em 15/04/2024 às 6:24 | Atualizado em 15/04/2024 às 6:43


                                        
                                            Educação financeira: o que é e como planejar
Calculadora para renegociação de dívidas do Fies. Foto: Divulgação.

A educação financeira desempenha um papel fundamental na vida das pessoas, independentemente da idade, origem ou nível de renda. Trata-se de um conjunto de habilidades e conhecimentos que capacitam indivíduos a gerenciar suas finanças de forma consciente e eficaz, desde o planejamento do orçamento pessoal até o investimento e o planejamento da aposentadoria. Em um mundo onde as decisões financeiras têm um impacto direto na qualidade de vida, a educação financeira emerge como uma ferramenta essencial para promover a estabilidade econômica, reduzir o estresse financeiro e construir um futuro financeiramente sólido. Entenda o que é educação financeira e como se planejar.

O que é educação financeira?

De acordo com o economista Bruno Feascaroli, "educação financeira consiste no processo em que os indivíduos vão melhorar sua compreensão em relação tanto ao conceito quanto ao acesso aos serviços financeiros, de forma que eles possam tomar decisões de maneira mais consciente, tanto das oportunidades e dos riscos neles envolvidos, para que essas decisões sejam bem informadas e que, ao final, melhorem o seu bem-estar".

Para que serve educação financeira?

A educação financeira serve como um guia para que as pessoas possam gerenciar suas finanças de forma eficaz e consciente. Ela proporciona as habilidades e o conhecimento necessários para tomar decisões financeiras informadas em diversas áreas da vida, como planejamento de orçamento, economia, investimento, gestão de dívidas e preparação para a aposentadoria.

Além disso, a educação financeira ajuda a promover uma maior compreensão sobre o funcionamento do sistema financeiro, os diferentes tipos de produtos financeiros disponíveis e os riscos associados a cada um deles. Em última análise, seu objetivo é capacitar as pessoas a alcançar seus objetivos financeiros de curto e longo prazo, garantindo uma maior estabilidade econômica e bem-estar financeiro ao longo da vida.

Quando começar a organizar as finanças?

O economista Bruno Feascaroli explica que a educação financeira se subdivide em várias fases, inclusive, de forma lúdica. Portanto, é importante, desde a infância, instituir alguns entendimentos sobre a função do dinheiro para crianças.

"Elas vão compreender, por exemplo, questões relacionadas ao consumo sustentável e, mais tarde, vão se tornar adultos mais conscientes e mais alfabetizados do ponto de vista financeiro, compreendendo conceitos de juros completos, compostos, da melhor utilização, por exemplo, do cartão de crédito. Então se verificou, com base em vários estudos, que a melhor forma de você introduzir a educação financeira é a partir da escola. E a melhor época para isso acontecer é exatamente na idade escolar, porque aí a gente vai ter um desenvolvimento desse conhecimento ao longo da vida", explica o economista.

Áreas para estudar e colocar a educação financeira em prática

Existem várias áreas em que a educação financeira pode ser aplicada e praticada. Algumas das principais áreas incluem:

1. Orçamento pessoal: Aprender a criar e manter um orçamento pessoal é fundamental para uma gestão financeira saudável. Isso envolve acompanhar receitas e despesas, identificar áreas de corte de gastos e estabelecer metas financeiras realistas.

2. Poupança e investimento: Compreender as diferentes opções de poupança e investimento, como contas poupança, investimentos em ações, fundos mútuos, entre outros, permite que as pessoas façam escolhas informadas para aumentar seu patrimônio ao longo do tempo.

3. Gestão de dívidas: Saber como lidar com dívidas de forma eficaz, incluindo a negociação de taxas de juros, a consolidação de dívidas e o pagamento prioritário de dívidas de alto custo, é essencial para evitar o endividamento excessivo e manter uma boa saúde financeira.

4. Planejamento da aposentadoria: Entender as diferentes opções de planos de aposentadoria, como previdência privada, planos de pensão e investimentos de longo prazo, é crucial para garantir uma aposentadoria confortável e financeiramente segura.

5. Educação financeira para crianças e jovens: Iniciar a educação financeira desde cedo é fundamental para promover hábitos financeiros saudáveis ao longo da vida. Isso pode incluir ensinar conceitos básicos de poupança, orçamento e investimento.

O economista Bruno Feascaroli destaca uma grande área importante da educação financeira. "É a questão do desenvolvimento das habilidades, de você se apropriar de certos conceitos que são importantes, saber diferenciar, por exemplo, uma taxa de juros simples da taxa de juros composta, de você saber o que é o desconto por dentro, o desconto por fora. E isso é o que a gente chama de letramento ou alfabetização financeira", detalha.

Bruno ainda destaca que existem várias fontes de informações que podem ser utilizadas para iniciar um estudo de educação financeira, como programas no âmbito do Banco Central com cursos online, além de cartilhas preparadas pela Comissão de Valores Mobiliários. "No âmbito da UFPB, a gente tem o primeiro curso de especialização em educação financeira do Brasil, ele funciona na modalidade à distância, é um curso latu sensu, com 360 horas, voltado para os professores da rede pública", conta.

Importância da educação financeira

O economista detalha que o Brasil é um país com muitas características endêmicas, fazendo com que a educação financeira seja muito importante no país.

"Nós viemos de um processo históric. Com a implantação do Plano Real, conseguimos controlar um processo de hiperinflação, em que nós tivemos um auge ali no final de 1989 de uma inflação de 80% ao mês. Então a gente tem que lembrar isso, o Brasil, inclusive, depois da implantação do Plano Real, teve três períodos em que a inflação bateu os 10% ao ano e a inflação é muito negativa sobretudo para as pessoas mais pobres, que consomem 100% da renda e, portanto, sentem o efeito cheio da inflação", enfatiza Bruno.

Ele lembra que, ainda hoje, o Brasil tem cerca de 16% da população economicamente ativa fora do acesso dos serviços financeiros, que é a população desbancarizada. "Nós tínhamos no início do século, na virada do milênio, cerca de 40% da população desbancarizada, hoje a gente ainda tem 16%, ou seja, são pessoas que não conseguem sequer ter acesso, por exemplo, ao Pix, que foi uma verdadeira revolução no sentido de acesso aos serviços financeiros no Brasil", completa.

Cinco dicas para colocar a educação financeira em prática

O economista Bruno Feascaroli separou cinco dicas para colocar a educação financeira em prática:

  1. Autoconhecimento financeiro: Utilize aplicativos e ferramentas disponíveis para entender sua situação financeira, suas receitas e despesas, para poder tomar decisões mais conscientes.
  2. Orçamento familiar: Estabeleça um orçamento que reflita suas prioridades financeiras e planeje seus gastos de acordo com seus objetivos de curto e longo prazo.
  3. Utilize o cartão de crédito com sabedoria: Evite financiar gastos no cartão de crédito e sempre pague a fatura completa. Analise a real necessidade de cada compra antes de realizá-la.
  4. Pesquise preços e corte gastos desnecessários: Faça uma pesquisa de preços antes de comprar e elimine gastos que não contribuem para seu bem-estar financeiro. Utilize ferramentas como aplicativos de comparação de preços para ajudar nesse processo.
  5. Ranqueie suas dívidas: Priorize o pagamento das dívidas com os custos financeiros mais elevados, como aquelas com altas taxas de juros. Mantenha uma reserva de emergência para evitar o superendividamento.
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Dani Fechine

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