ECONOMIA
Educação profissional terá aporte de R$ 43 mi
Em visita oficial à Paraíba, presidente da CNI destacou potencialidades do Estado para atração e instalação de novas indústrias.
Publicado em 07/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 15:20
Em sua primeira visita oficial à Paraíba, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, avaliou que “o Estado está em um bom patamar de desenvolvimento” e que possui muitas condições de atrair novas empresas. Como melhoria para o setor, ele destacou os investimentos na educação profissional, que no biênio 2013/2014, vão somar R$ 43 milhões direcionados a novas escolas e centros de tecnologia na Paraíba.
Para Robson Andrade, a Paraíba “possui uma indústria competitiva, por isso tem atraído empresários das regiões Sul e Sudeste para implantarem projetos em diversas áreas, como calçados, têxteis e transformadores. O Estado tem condições de atrair empresas, pois oferece vantagens no setor, está com localização privilegiada, por ser bem próximo de outros mercados consumidores, como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, e apresentar boa estrutura e qualidade de vida. Essas coisas, atualmente, são atrativos”, considerou.
Segundo o presidente da CNI, a Paraíba não possui um problema específico que impeça a indústria alavancar, diferente de outros estados: uma carga tributária muito elevada, burocracia, algumas questões de segurança jurídica que se convive no Brasil, problemas ambientais e dificuldades em relação à legislação trabalhista, que muitas vezes impedem as indústrias de serem competitivas.
“O que ainda pode ser feito é investir mais na educação profissional e isso iremos fazer junto com a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), que neste ano e no próximo ano teremos um investimento forte em novas escolas e centros de tecnologia na Paraíba”, anunciou.
INFRAESTRUTURA
A melhoria nos acessos rodoviários, portuários e de infraestrutura foram elencados pelo presidente Robson Andrade para que viabilizem o desenvolvimento do setor industrial na Paraíba.
“Também estamos trabalhando com o governo federal para que as regiões Norte/Nordeste tenham fundos de desenvolvimento que possam atrair empresas, não usando mecanismos antigos de incentivo, todos eles baseados no ICMS, cujo mecanismo mais cedo, ou mais tarde, vai ser revisto. Temos que criar condições de financiamento, ter recursos e créditos, bem como o governo pensar em dar uma infraestrutura de terreno e de logística adequada para isso”.
CNI QUER DERRUBAR VETO
Outras medidas adotadas recentemente pelo governo federal estão desagradando o setor, como o veto do governo sobre o fim dos 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) extra para empresas. O presidente da CNI afirmou que irá trabalhar pela derrubada do veto.
“Nós entendemos que a redução dos 10% do fundo de garantia, que foi criada para cobrir um furo que existia no FGTS, decorrentes dos planos Collor e Cruzado, onde a Caixa Econômica Federal declarou que esses recursos foram recuperados em junho do ano passado, ou seja, mais de um ano. Por isso, não tem sentido nós continuarmos com um custo que onera as empresas e que não traz benefícios para os empregados, nem para a sociedade. Então, nós entendemos que temos que trabalhar pela queda do veto, pela redução dos 10% do FGTS”, disse.
De acordo com o presidente da CNI, “as empresas de modo geral no Brasil precisam de investimentos em infraestrutura adequada, para que possam escoar os seus produtos para o mercado consumidor, investir em fundos de longo prazo, para que a indústria possa vir com incentivos que não seja apenas tributário, mas um incentivo que permita investir mais em formação e qualificação de mão de obra.
Os governos e governadores precisam fazer um trabalho para criar um ambiente propício ao desenvolvimento empresarial, porque não dá mais para pensar apenas em incentivo fiscal”.
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