ECONOMIA
Empregos somam 628 mil na PB
Em números absolutos, resultado decorreu do acréscimo de 13,2 mil postos de trabalho em 2012, segundo dados da Rais.
Publicado em 12/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 17:52
A administração pública e o setor agropecuário reduziram o estoque de empregos formais na Paraíba em 2012. A quantidade de contratos no Estado apresentou alta de 2,15% no final de 2012 sobre o estoque acumulado até dezembro do ano anterior, alcançando a faixa dos 628 mil postos de trabalhos. Em números absolutos, esse resultado decorreu do acréscimo de 13,2 mil postos de trabalho em 2012, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada ontem pelo Ministério do Trabalho. Isso significou que o Estado gerou menos de 40% do total de empregos formais registrados em 2011 (35.309).
A variação da taxa de empregos no Estado foi a menor que a do país (2,48%). Um dos responsáveis foi a queda de empregos na administração pública, que apresentou perda de 6,1 mil postos de trabalho (-2,42%), e a agropecuária teve redução de 2,4 mil postos (-16,10%).
Os setores que apresentaram melhores desempenhos foram o de serviços, com 11,3 mil postos (+8,64%), o comércio, com a criação de 4,6 mil postos de trabalho (+5,05%) e a Construção Civil, com 3,4 mil postos (+8,33%).
O estoque de empregos formais por gênero apresentou equilíbrio na variação de vagas ofertadas para homens e mulheres na Paraíba. Ambos mostraram tímida alta no período, sendo que os trabalhadores do sexo feminino tiveram pequeno destaque com alta de 2,21%, enquanto do masculino o crescimento foi de 2,10%.
O professor de economia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Lucas Milanez, explicou que a queda nas vagas geradas na administração pública pode estar relacionada a alterações feitas na máquina pública do Estado, como enxugamento do quadro. Já no caso da redução no número de postos na agropecuária tem explicação na seca, que ainda se prolonga até 2013.
“Ações políticas poderiam amenizar as perdas no setor agropecuário como, por exemplo, as obras de transposição do rio São Francisco, que já começaram a deteriorar antes mesmo de funcionar”, contou.
NO PAÍS
No país, a administração pública fechou 166.158 postos de trabalho em 2012. Em 2011, haviam sido criadas 180.221 vagas. O número inclui o desempenho das esferas federal, estaduais e municipais. Com isso, o número total de servidores públicos no país caiu 1,83% no ano passado, totalizando 8.937.443. Os Estados que mais fecharam vagas em termos absolutos foram: Bahia e Minas Gerais (mais de 53 mil postos fechados em cada um); Pará (menos 39,4 mil); e Ceará, Rio de Janeiro e Pernambuco (redução de mais de 28 mil vagas).
A geração de empregos formais caiu pela metade de 2011 para 2012 no país. No ano passado, foram criados cerca de 1,1 milhão de postos de trabalho – tanto em regime de carteira assinada quanto no serviço público. No período anterior, foram aproximadamente 2,2 milhões. O resultado de 2012 foi ainda pior se comparado ao de 2010, quando foram criados 2,8 milhões de empregos.
Em 2012, o emprego formal com carteira assinada teve crescimento de 3,46%, com a criação de 1,3 milhão de postos. No serviço público, sob o regime estatutário, houve declínio de 1,76% dos vínculos empregatícios, com o fechamento de mais de 152 mil postos.
A Região Sudeste foi a que teve o melhor desempenho na criação de postos de trabalho formal em 2012. Em números absolutos, foram mais de 584,9 mil empregos gerados, o que representou aumento de 2,49% em relação a 2011.
Quantitativamente, o menor desempenho, no ano passado, foi registrado no Norte, com a geração de 59,4 mil empregos. O segundo menor resultado foi no Nordeste, com 132,5 mil vagas a mais.
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